Jornalistas denunciaram uma onda de repressão aos movimentos sociais no encontro do G20, que aconteceu nesta sexta-feira, 1º de novembro. Segundo informações compartilhadas com a equipe do Estado do Pará Online (EPOL), um delegado da Polícia Federal e um membro do Ministério do Desenvolvimento Regional expulsaram um jornalista que representava um portal de notícias local ao tomarem conhecimento de que ele faz parte de iniciativas de comunicação ligadas a grupos populares.
De forma arbitrária, segundo o grupo, eles obrigaram o jornalista, que estava credenciado, com informações verídicas e aprovadas pela equipe responsável pelo credenciamento do evento, a devolver o crachá que permitia sua participação na coletiva de imprensa, impedindo sua entrada.
Ao serem questionados sobre o motivo da proibição da entrada do jornalista, eles disseram que haviam checado seu perfil e que o credenciamento dele fora um erro, pois ele não seria jornalista. Os responsáveis pela restrição não responderam quando questionados sobre qual critério utilizaram para decidirem checar as credenciais. A foto a seguir reflete o momento que levou à revogação das credenciais da equipe:
O jornalista e ativista em questão trabalha há anos neste portal com ações de comunicação popular, incluindo a divulgação de notícias sobre temas ambientais e sociais de interesse da população ribeirinha. Ele informou que, no credenciamento feito dias antes da coletiva de imprensa e aprovado pela organização do G20, o nome do veículo já havia sido citado, descartando qualquer alegação de um eventual mal-entendido.
A equipe do G20 foi procurada para falar sobre o caso mas, até o momento desta publicação, não se manifestou.
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