Encerra, neste domingo (26), o II Encontro de Pesquisa Artística Habitante-Criador, realizado desde a última sexta-feira (24), em Ananindeua. O encontro reúne pesquisadores amazônidas, nas diversas linguagens do corpo, que desenvolvem trabalhos de pesquisa e produção artística enquanto prática emancipatória nos processos de criação. O evento é totalmente gratuito e é realizado em dois espaços: na Casa Ribalta e no Teatro Municipal de Ananindeua.
Nessa edição, o encontro teve como tema: Corporeidades amazônidas: territórios de habitação, criação e memória
O encontro é realizado pelo Grupo de Pesquisas Habitante-Criador: Núcleo de Estudo e Pesquisa Artística na Amazônia- CNPQ, da Universidade Federal do Pará no Instituto de Ciências da Arte, Programa de Pós-Graduação em Artes – UFPA e Escola de teatro e dança da UFPA, em parceria com a Casa Ribalta e Ribalta Companhia de Dança. O evento é coordenado pela Profª Drª Mayrla Andrade, por meio de seus projetos de pesquisa e extensão da ETDUFPA.
“O nosso objetivo é fomentar a partilha de estudos prático-reflexivos em torno da pesquisa artística no estado do Pará. É uma relevante alternativa para a formação continuada de artistas-pesquisadores e seus diálogos com outras áreas do conhecimento, acolhendo um número significativo de professores, artistas, estudantes de graduação e pós-graduação nas diversas áreas que dialogam com o corpo e suas corporeidades”, disse idealizadora Mayrla Andrade.
“Nesta segunda edição, convidamos artistas-pesquisadores a apresentarem os resultados parciais e/ou totais das pesquisas poéticas desenvolvidas nas diversas áreas interdisciplinares de Pesquisa Artística em interface com as artes da criação, performativas, espetacularidades, na educação e a diversidade de expressões em seus saberes-fazeres”, complementou.
Durante o encontro, o mestrando Allan Lima qualificou a pesquisa do PPGArtes/UFPA. Para ele, esse momento foi a realização de um sonho. “Um sonho que vem sendo tecido há muito tempo, junto com as experiências que atravessam minha trajetória e agora se desdobram também na pesquisa do meu mestrado, onde faço o desdobramento poético e cartográfico do conceito Habitante-Criador, dentro do Programa de Pós Graduação em Artes da UFPA, conceito cunhado pela professora e idealizadora do evento, Mayrla Andrade. Esse espaço nasceu do desejo de reunir pessoas que pensam e fazem arte na Amazônia, para que a gente possa dialogar sobre nossos modos de pesquisar, de criar e de existir nesse território. É um desafio que envolve muito trabalho, mas também muito afeto, porque fala de partilha, de escuta e de presença”.
Para o professor e doutor Lindemberg Monteiro, esse é um momento do ser amazônida. “O Habitante-Criador nos chama a mergulhar na Amazônia viva — essa que respira em cada gesto, em cada dança, em cada silêncio que habita o som das águas e o eco dos territórios com as suas devidas ancestralidades poéticas. É mais que um evento: é um ato de presença e escuta, um chamado à criação coletiva, uma celebração do ser amazônida que habita o mundo com sensibilidade e coragem. Entre memórias e invenções, corpos e territórios, este encontro nos convida a lembrar que pesquisar é também sentir, que criar é também cuidar, e que habitar é um gesto político e poético de existir, sobretudo da idealizadora do conceito Profa. Dra. Mayrla Andrade”.
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