Ibama resgata ‘oncinha Pituca’, famosa nas redes sociais e criada como pet no Pará

'Criada' por uma família de Goiânia que vive em Uruará, no sudoeste paraense, Pituca conquistou mais de 400 mil seguidores nas redes sociais.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou uma operação nesta segunda-feira (14) onde resgatou a ‘oncinha Pituca‘, que vivia com uma família de Goiânia que mora em Uruará, sudoeste paraense.

Nas redes sociais, Pituca conquistou mais de 400 mil seguidores. A rotina diária com o animal silvestre era compartilhada diariamente desde julho de 2024 em um perfil próprio e também nos perfis dos cuidadores, como da agricultora Luciene Cândido.

Entenda o caso

Luciene, que compartilha a vida no campo em uma pequena fazenda, mostrou durante nove meses a convivência de Pituca com a própria família, assim como outros animais e moradores da propriedade, incluindo crianças.

No entanto, desde novembro de 2024, o número de pessoas alertando nos comentários dos vídeos para um possível comportamento agressivo de Pituca, que é um animal silvestre, começou a crescer. O que também cresceu no mesmo período foram ameaças de internautas que ameaçaram denunciar o caso para autoridades ambientais.

Na tarde desta segunda-feira, Luciene comunicou aos seguidores que estava fora da propriedade quando foi avisada que viaturas do Ibama estavam no local para levar Pituca após denúncias de exploração animal.

Luciene também disse ter sido multada pelo órgão, assim como recebido a ordem de excluir os vídeos com Pituca de suas redes sociais. A mulher destaca que a oncinha nunca foi maltratada e sempre viveu de forma pacífica com a família.

Filó paraense?

A polêmica envolvendo Pituca se assemelha a um caso de 2023, onde a capivara Filó, ‘criada’ pelo influenciador Agenor Tupinambá em Autazes, no Amazonas, movimentou as redes sociais.

Na época, o estudante de Engenharia Agronômica usava seus perfis nas redes sociais, como Instagram e TikTok, para mostrar a rotina de Filó, que ora vivia na propriedade, mas que também parecia viver como animal doméstico.

Em abril daquele ano, Agenor foi notificado pelo Ibama após denúncias de abuso, maus-tratos e exploração animal, onde foi multado em R$ 17 mil e foi obrigado a apagar todos os vídeos publicados com Filó. Ainda em 2024, após uma disputa judicial que envolveu o Ibama, políticos e ativistas, Agenor conseguiu a tutela provisória de Filó, com quem vive até hoje.

O portal Estado do Pará Online (EPOL) entrou em contato com o Ibama solicitando mais informações sobre a operação e o andamento do caso.

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