A Polícia Civil do Pará prendeu um homem em flagrante pelo exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica, na última quarta-feira (10), em Terra Santa. Apesar de possuir formação em medicina, o suspeito não tinha Registro de Qualificação de Especialista (RQE) em psiquiatria, sendo inabilitado para atuar nessa área.
Em suas redes sociais, o homem, identificado como Eyran Joshua, afirmou que foi vítima de abuso de autoridade por parte das autoridades policiais.
Caro amigos e colegas. Hoje, venho diante de vocês com um sentimento de indignação e tristeza. Vocês testemunharam através das redes socias os atos de injustiças cometidos comigo, que atingiram a minha honra e imagem. É doloroso perceber, que apesar de toda minha trajetória para me tornar um bom profissional para a sociedade, estamos longe de alcançarmos igualdade e justiça para todos. É nosso dever moral e ético levantarmos nossas vozes contra as injustiças praticadas.
Escreveu no Instagram.
No Instagram, ele se pronunciou oficialmente sobre o caso, afirmando que nunca havia se autoproclamado psiquiatra. E o motivo pela qual fez a pós-graduação em psiquiatria, seria de levar o atendimento à população local, que segundo ele, sofre para ter uma consulta com especialistas, muitas vezes tendo que fazer longas viagens.
Homem preso sob suspeita de ser falso psiquiatra se manifesta no Instagram: "injustiçado" pic.twitter.com/HW8mk6LZPB
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) April 16, 2024
Em entrevista à Agência Pará, o Delegado Geral da Polícia Civil, Walter Resende, explicou a situação do médico, afirmando que ele divulgava tratamentos de diversas doenças mentais em suas redes.
“O homem divulgava em suas redes sociais que atendia como médico psiquiatra, oferecendo serviços para pacientes com ansiedade, depressão, esquizofrenia, autismo, TDAH e outros transtornos psiquiátricos, atos que são privativos de médico psiquiatra”, esclarece o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende.
Eyran Joshua foi autuado em flagrante pelo crime de exceder os limites de exercício legal da medicina, já que não tem habilitação para a especialidade de psiquiatria, bem como pelo crime de falsidade ideológica pela inserção de informações inverídicas sobre sua qualificação profissional em documentos, segundo PC.
O médico acionou seus advogados, além do Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Sindicato dos Médicos do Estado do Pará. O caso segue sendo investigado.
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