O enfrentamento ao crime organizado voltou ao centro do debate nacional com a discussão da PEC da segurança pública na Câmara dos Deputados. Na última quarta-feira (28), em Brasília, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), participou da audiência pública sobre o tema e lançou uma proposta que pretende reunir todos os níveis de governo e setores da sociedade para combater de forma integrada as organizações criminosas no país.
Helder defendeu a criação de uma Coalizão Nacional contra o crime organizado, com foco inicial no Rio de Janeiro, considerado por ele o principal polo de disseminação de facções para o restante do Brasil.
Durante o evento, que contou com a presença de autoridades como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o presidente da CCJ, Paulo Azi (União Brasil), Helder também avaliou a PEC da segurança. Ele reconheceu avanços, como a constitucionalização do fundo nacional, mas alertou que, sozinha, a proposta não resolverá o problema da violência no país.
O governador do Pará apresentou dados sobre a experiência estadual no combate ao crime. Segundo ele, o Pará investiu mais de R$ 6 bilhões em segurança, reduziu homicídios em 53% e prendeu mais de 1.400 integrantes de facções só no último ano. “Belém, que em 2017 era a capital mais violenta do Brasil, hoje é a quinta mais segura”, afirmou.
Ele também destacou as Usinas da Paz como modelo de política pública aliada à inclusão social. As 13 unidades já existentes alcançaram mais de 8,5 milhões de atendimentos em áreas vulneráveis, com redução de até 90% nos índices de violência em alguns bairros.
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