Helder nomeia interventor no Museu do Marajó e quebra acordo com a comunidade

Segundo o acordo estabelecido, o cargo de diretor do museu deveria ser preenchido por indicação da associação. No entanto, esse procedimento não foi seguido na recente nomeação.

Os integrantes da Associação Museu do Marajó expressaram veementemente sua insatisfação com a nomeação da nova diretora do Museu, localizado em Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó, em uma nota de repúdio dirigida à Casa Civil da Governadoria do Pará. A nota, assinada pelo presidente atual da associação, Otaci Gemaque, datada de 19 de julho, critica especialmente o processo pelo qual a nomeação foi conduzida.

Desde sua reinauguração e ampliação em 2022, o Museu do Marajó tem sido gerido em um regime de comodato e gestão compartilhada entre a Secretaria de Cultura do Pará e a própria Associação Museu do Marajó. Segundo o acordo estabelecido, o cargo de diretor do museu deveria ser preenchido por indicação da associação. No entanto, esse procedimento não foi seguido na recente nomeação.

No início deste mês, Eduardo Portal deixou o cargo de diretor do museu para concorrer a vereador em Cachoeira do Arari. Em resposta, os diretores da associação sugeriram Maria José da Conceição Gama, conhecida como Zezé, atual vice-presidente, como sua substituta. Contudo, essa sugestão foi ignorada pela Secretaria de Cultura (Secult).

Além da falta de consideração em relação à indicação de Zezé, a associação também relata que uma reunião agendada para discutir o assunto, marcada para 19 de julho às 16 horas, foi abruptamente cancelada pela Secult.

Como resultado, os associados foram surpreendidos com a informação de que uma nova diretora já havia sido nomeada para o Museu do Marajó, sem que houvesse qualquer diálogo ou consideração das sugestões apresentadas pela associação responsável pela gestão compartilhada do museu.

Leia também: