Durante a Semana do Clima de Nova Iorque (Climate Week NYC 2025), nesta segunda-feira (22), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), defendeu a realização da COP30 em Belém, programada para acontecer entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025.
O discurso ocorreu no painel “O Papel do Setor Privado na COP30”, que reuniu lideranças políticas, representantes do setor produtivo e especialistas em clima. Helder convidou a comunidade internacional a conhecer a realidade amazônica e ressaltou o caráter estratégico da conferência no coração da floresta.
“Olhem com menos preconceito e compreendam que a coragem de fazer a COP na Amazônia é a coragem de quem sabe o desafio de viver na floresta e o desafio de fazer da Amazônia a solução para o planeta”, afirmou.
Compromissos e novos projetos
Helder destacou que o evento será construído de forma coletiva, ouvindo sociedade civil, academia, setor produtivo e povos tradicionais. Também anunciou a inauguração, em outubro, do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, em Belém. O espaço será um polo de pesquisa, negócios e industrialização de produtos da floresta, além de apoiar startups e cadeias produtivas sustentáveis.
Entre as ações em andamento no Pará, o governador citou:
- o Sistema Jurisdicional de REDD+, que remunera comunidades pela redução de emissões com base no desmatamento evitado;
- a ampliação da rastreabilidade da pecuária, garantindo produção sustentável e responsabilidade ambiental;
- medidas de comando, controle e fiscalização que têm contribuído para a redução do desmatamento.
“Temos a missão de construir negócios sustentáveis e uma economia de baixas emissões”, reforçou.
Apoio do governo federal e do setor produtivo
O ministro das Cidades, Jader Filho, reforçou a integração das agendas climática e social: “Não haverá justiça climática sem justiça social”, disse, citando investimentos em transporte elétrico urbano e habitação sustentável.
Já o presidente da FIEPA, Alex Carvalho, apresentou diretrizes de transição energética, transformação digital e governança para um novo modelo de desenvolvimento regional.
O painel também contou com Ricardo Mussa, presidente do Conselho do Sustainable Business COP30 (SB COP), e Marcelo Thomé, vice-presidente da CNI e presidente do Instituto Amazônia+21, fortalecendo o diálogo entre setor público e privado rumo à conferência.
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