A poucos meses da COP30, o governador Helder Barbalho voltou a defender o financiamento climático como peça central para que o mundo avance na proteção da Amazônia. No Fórum de Líderes Locais da COP30, realizado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Helder afirmou que o Brasil só conseguirá liderar pelo exemplo se transformar compromissos em ações concretas.
Ao lado da ministra Marina Silva e do prefeito Eduardo Paes, o governador participou do painel “Parceria Climática na Prática: O Modelo do Brasil”. Ele classificou o evento como um marco simbólico da contagem regressiva para a conferência de 2025, que será realizada em Belém.
“Agora, será o único evento que estará na Amazônia, em Belém, e é o momento de mostrarmos o que já está sendo implementado e o que precisa de apoio para ganhar escala”, afirmou Helder, destacando que sem recursos internacionais não há transição verde possível.
Para o governador, a floresta só será preservada se gerar valor. Ele citou o Plano Estadual de Bioeconomia e o recém-inaugurado Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, iniciativas que buscam transformar a biodiversidade em oportunidades sustentáveis. “Floresta viva precisa valer mais do que floresta morta”, resumiu.
No painel sobre mercado de carbono, Helder destacou o Sistema Jurisdicional de REDD+, construído com a participação de povos indígenas, quilombolas e agricultores. Segundo ele, qualquer modelo de compensação ambiental deve incluir quem vive na floresta. “Não há justiça climática sem justiça social”, disse.
Helder também ressaltou que a COP30 em Belém será o momento de mostrar ao mundo a Amazônia real, vivida por quem está sob a copa das árvores. “Nós precisamos aproveitar a COP em Belém para que todos que falam sobre nós, mas nunca colocaram o pé na floresta, entendam: nós somos árvore, mas nós somos gente. Abaixo da copa das árvores vivem 29 milhões de brasileiros”, afirmou.
O encontro foi encerrado com a leitura da declaração “De Paris a Belém”, feita pela prefeita de Paris, Anne Hidalgo, reunindo o compromisso de líderes locais com a ação climática. “Dez anos depois de Paris, o mundo volta seus olhos para Belém, cheio de esperança”, disse Hidalgo.
Helder, anfitrião da COP30, reforçou que o Pará está pronto para conduzir a discussão global sobre o futuro da Amazônia. “Desbloquear o financiamento climático será essencial para transformar promessas em resultados reais”, concluiu.










Deixe um comentário