Governo do Pará já gastou quase meio bilhão com BRT

As obras iniciaram em 2019 com o prazo de conclusão de 19 meses, a inauguração estava prevista para ser finalizada em agosto de 2020, depois ficou para o primeiro semestre de 2023 e hoje não há uma data específica de conclusão.

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Governo do Pará já gastou R$ 423,7 milhões de um orçamento que é atualmente de R$ 478,1 milhões com o Bus Rapid Transit (BRT) Metropolitano, projeto para modernizar a Rodovia BR-316 e integrar o transporte público da Região Metropolitana de Belém. Veja o balanço:

As obras iniciaram em 2019 com o prazo de conclusão de 19 meses, a inauguração estava prevista para ser finalizada em agosto de 2020, depois ficou para o primeiro semestre de 2023 e hoje não há uma data específica de conclusão da obra de 20 km’s. Em junho deste ano, o Governo do Pará informou que a atual previsão é no segundo semestre de 2024, sem definir dia e mês.

Em episódio do PoderCast, com apresentação do jornalista Diógenes Brandão entrevistando o vereador Matheus Cavalcante (Cidadania), foram levantados vários questionamentos sobre a funcionalidade do BRT e também feitas comparações com outras cidades que tem uma finalidade semelhante com a obra que atende Belém e Ananindeua. Veja o link a seguir:

A seguir, o Portal Estado do Pará Online mostra nove cidades do Brasil que funcionam com o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e os valores que o estado investiu em cada uma delas. Veja:

VLT da Baixada Santista

Liga as cidades de Santos e São Vicente, na Baixada Santista. É elétrico e conta com trens produzidos pela Vossloh (empresa alemã). A linha será finalizada em 11 km’s, agora a prefeitura já tem um projeto para se estender até Praia Grande, também no litoral, o valor da obra é de: R$ 1,6 bilhão.

VLT do Rio de Janeiro

O VLT do Rio é o melhor exemplo de como um sistema de bonde moderno pode revitalizar o espaço urbano. Percorre o centro e o porto da cidade, conectando todas as demais redes de transporte metropolitano, além de aeroporto, rodoviária e terminal de cruzeiros. Valor total da obra finalizada: R$ 250 milhões.

VLT de João Pessoa

O VLT da capital da Paraíba conta com 12 estações em uma única linha de 30,03 quilômetros de extensão, que interliga os municípios de Santa Rita, Bayeux, João Pessoa e Cabedelo, transportando uma média de 11,6 mil passageiros por dia. O valor total da obra: R$ 280 milhões.

VLT de Teresina

Ainda que seja chamado metrô de Teresina, o sistema nada mais é que um VLT a diesel, com uma linha com 13,5 km de extensão. O sistema iniciou em 1989 e é operado pela Companhia Metropolitana de Transportes do Piauí. O valor total da obra: R$ 215 milhões.

VLT de Maceió

O VLT da capital Alagoana é mais um sistema que conta com VLTs a diesel, com 16 estações em uma única linha de 34,3 quilômetros de extensão, que interliga os municípios de Maceió, Satuba e Rio Largo, transportando uma média de 11 mil passageiros por dia. O valor da obra finalizada: R$ 1,5 milhão.

VLT de Natal

Com trens semelhantes aos de Maceió e João Pessoa, conta com vinte e duas estações em duas linhas que somam 56,2 km de extensão, que interligam os municípios de Ceará Mirim, Extremoz, Natal e Parnamirim, transportando uma média de 9,3 mil passageiros por dia. O valor da obra: R$ 311,6 milhões.

VLT de Recife

O VLT da capital de Pernambuco conta com duas linhas e 33,9 km de extensão. Liga as cidades de Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo. O valor da obra: R$ 2,6 bilhões.

VLT de Sobral

O VLT do interior cearense conta com duas linhas e quase 14 km de extensão e 12 estações. O valor da obra: R$ 63 milhões.

VLT de Fortaleza

O VLT da capital cearense conta com 10,8 km nesse trecho, passando por oiuto estações, das 10 previstas no projeto. O sistema completo, com mais 3 km de extensão fará com que o sistema transporte 90 mil passageiros por dia. Valor da obra: R$ 1,7 bilhão.

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Em pesquisa realizada por profissionais do Estado do Pará Online, observamos que o trecho dois do VLT de Santos que equivale a oito kms de via linear, custará aproximadamente, com instalação de sistemas, rede aérea e obra civil, aproximadante R$ 420 milhões. Fazendo comparação com a cidade de Belém, em oito km’s, o transporte sairia da altura do Shopping Castanheira até o Mercado de São Brás. Nesse sentido, entendemos que o VLT é mais moderno que o BRT, conduzindo mais pessoas, mais confortável e poderá motivar os motoristas a usarem, custaria menos investismentos para ser implantado que o atual BRT, que é uma tecnologia ultrapassada de transporte.

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