Focos de calor em agosto batem recorde; Pará registra aumento significativo de queimadas

Segundo um levantamento do Greenpeace Brasil, o número de focos de calor no país cresceu 105% em relação a todo o mês de agosto do ano passado.

Focos de calor na Terra Indígena Kayapó (PA). Imagem: Sentinel-2

Em agosto de 2024, o Brasil está enfrentando um aumento preocupante nos focos de calor, que são sinais de queimadas e incêndios. Segundo um levantamento do Greenpeace Brasil, o número de focos de calor no país cresceu 105% em relação a todo o mês de agosto do ano passado. Isso significa que, até 28 de agosto deste ano, já foram registrados 57.528 focos de calor, em comparação com 28.056 no mesmo período de 2023.

No Pará, a situação é especialmente preocupante nas Terras Indígenas da Amazônia. A Terra Indígena Kayapó, que fica nos municípios de São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte e Cumaru do Norte, é a que mais sofreu com focos de calor. Entre janeiro e agosto de 2024, foram registrados 787 focos na área, e só em agosto já foram contabilizados 704 deles.

Esses focos de calor podem resultar em queimadas graves, muitas vezes provocadas de forma intencional, colocando em risco a floresta e as comunidades indígenas que vivem nessas regiões. O Greenpeace Brasil alerta que os incêndios ameaçam não só a Amazônia, mas também outros biomas importantes do país, como o Cerrado e o Pantanal.

As informações foram obtidas por meio de imagens de satélite e analisadas pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ e outros parceiros.

Fonte: Greenpeace Brasil

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