Fiscalização ambiental apreende toneladas de pescado ilegal no rio Xingu, no Pará

O período de defeso é regulamentado pela Portaria Ibama n° 48/2007, proibindo a pesca de diversas espécies entre 15 de novembro e 15 de março. A restrição tem como finalidade preservar o equilíbrio ambiental e garantir a sustentabilidade da atividade pesqueira

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Uma operação conjunta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com suporte da Força Nacional, resultou na apreensão de mais de três toneladas de pescado ilegal no rio Xingu, no Pará. A ação, realizada em 15 de fevereiro, teve como objetivo principal coibir a pesca predatória no período de defeso, assegurando a reprodução das espécies e a preservação dos estoques pesqueiros.

Durante a operação, os fiscais identificaram uma embarcação transportando mais de 3 mil quilos de peixe mapará (Hypophthalmus spp.) nas proximidades da Reserva Extrativista Verde para Sempre. Além do pescado, foram confiscados equipamentos de pesca ilegais, como uma rede do tipo puçá, utilizada para arrasto, com mais de 1.000 metros de comprimento e malha fora dos padrões permitidos pela legislação.

Paralelamente, os agentes também apreenderam 60 metros cúbicos de madeira serrada sem documentação regular. O material estava armazenado no porão de embarcações atracadas no Porto de Moz (PA) e seguiria para a região metropolitana de Belém.

Proteção da fauna e da flora

O período de defeso é regulamentado pela Portaria Ibama n° 48/2007, proibindo a pesca de diversas espécies entre 15 de novembro e 15 de março. A restrição tem como finalidade preservar o equilíbrio ambiental e garantir a sustentabilidade da atividade pesqueira. Entre as espécies protegidas estão: pirapitinga, curimatá, mapará, aracu, pacu, jatuarana, fura-calça e branquinha.

O Ibama alerta que a pesca irregular no período do defeso configura crime ambiental, estando sujeita a penalidades como multas e apreensão de equipamentos. Ações de fiscalização continuarão ocorrendo para reprimir atividades ilícitas e garantir a preservação dos recursos naturais da Amazônia.

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