O Senado dos Estados Unidos aprovou na última terça-feira (28), por 52 votos a 48, uma legislação que anula as tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump contra o Brasil. A medida, liderada por senadores republicanos, encerra a “emergência nacional” declarada por Trump em julho, após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
Embora represente um revés político ao governo Trump, o projeto ainda precisa ser votado na Câmara dos Deputados americana, também controlada pelos republicanos, onde deve enfrentar resistência. Deputados próximos ao ex-presidente têm sistematicamente bloqueado tentativas de reverter as tarifas de importação impostas durante sua gestão.
Cinco republicanos se juntaram à oposição democrata para aprovar o texto, o primeiro de três projetos sobre tarifas que devem ser analisados pelo Senado nesta semana. A votação ocorre enquanto Trump cumpre uma agenda internacional de cinco dias pela Ásia, com passagens por Malásia, Japão e Coreia do Sul, e um encontro previsto com o presidente da China, Xi Jinping, para tratar de comércio.
Os democratas acusam Trump de ter usado declarações de emergência “falsas” para justificar sanções comerciais, prometendo insistir em novas votações para derrubar as medidas. Em abril, o Senado já havia aprovado o fim das tarifas impostas ao Canadá, mas a proposta foi barrada na Câmara.
Segundo autoridades brasileiras, os Estados Unidos acumulam um superávit comercial de US$ 410 bilhões com o Brasil nos últimos 15 anos. Mesmo assim, o decreto de Trump alegou que o país sul-americano representava uma ameaça à segurança nacional, à economia e à política externa americana, além de “perseguir politicamente” Bolsonaro.
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