A recente elevação da taxa básica de juros (Selic) para 15% ao ano pelo Banco Central, a maior desde 2006, tem gerado forte preocupação no setor produtivo brasileiro, especialmente em estados como o Pará. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), representada por seu presidente Ricardo Alban, critica a medida como injustificada e prejudicial, pois encarece o crédito, desestimula investimentos e dificulta o crescimento econômico num cenário já desafiador.
Alban destaca que a combinação de juros elevados e alta carga tributária sufoca a capacidade produtiva do país, comprometendo a competitividade e a atração de investimentos. Ele alerta para a incoerência do Banco Central em aumentar a Selic enquanto se posiciona contra o aumento do IOF, e defende a necessidade de políticas de Estado de longo prazo e um pacto nacional para promover medidas estruturantes, pois o setor produtivo já está no limite de sua resiliência.
O ambiente de negócios piora, refletido no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que registra seis meses consecutivos de pessimismo, algo sem precedentes recentes. A CNI reforça que a manutenção da Selic em patamares tão altos penaliza a economia, dificulta o investimento produtivo e pode agravar a desaceleração econômica já em curso.
Paralelamente, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) se posiciona contra qualquer aumento ou criação de novos impostos, especialmente no contexto da Medida Provisória nº 1.303/2025. A entidade ressalta que elevar tributos prejudica empresas, trabalhadores e famílias, reduzindo a competitividade e a geração de renda, e defende o uso eficiente dos recursos existentes e a promoção de um ambiente favorável aos negócios.
Segundo o presidente do Sistema FIEPA, Alex Carvalho, o evento busca fortalecer a cultura da sustentabilidade e incentivar boas práticas ambientais no Estado.
“Essa iniciativa, alinhada com a Jornada COP+ e tantos outros parceiros, é muito importante para o Sistema FIEPA, porque nos permite falar sobre a importância da conservação do meio ambiente por meio da apresentação de casos de empresas que têm investido em soluções sustentáveis aqui no Pará. Além disso, estamos inaugurando o espaço de coleta seletiva e um projeto de compostagem que vão fomentar a cultura da reciclagem, incentivando hábitos saudáveis que contribuem para a melhoria da nossa qualidade de vida e da nossa cidade”, destacou.
A FIEPA também destaca que os incentivos fiscais no Brasil são inferiores aos de outros países concorrentes, onde são considerados políticas de Estado essenciais para a competitividade. Por isso, propõe um estudo comparativo entre os benefícios fiscais concedidos no Brasil e nos países do BRICS, para identificar desvantagens e buscar soluções concretas para melhorar a competitividade nacional.
Além disso, a elevação do IOF sobre operações de crédito, que aumenta o custo do financiamento para as empresas, é vista pela indústria como um retrocesso que desestimula investimentos e reduz a competitividade do setor industrial. O custo do crédito para empresas já é elevado, e o aumento do IOF agrava essa situação, impactando principalmente as empresas que dependem de capital de giro e investimentos para modernização.
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