Festival Bike Arte movimenta Belém com cultura, bicicletas e debate sobre mobilidade sustentável - Estado do Pará Online

Festival Bike Arte movimenta Belém com cultura, bicicletas e debate sobre mobilidade sustentável

Evento integra agenda cultural da cidade e levanta reflexões sobre transporte e meio ambiente às vésperas da COP30

Belém recebe neste sábado (17) o Festival Bike Arte Brasil, evento gratuito que une arte, sustentabilidade e mobilidade urbana em um momento estratégico: a preparação da capital para a Conferência do Clima da ONU (COP30), marcada para novembro. A programação acontece das 16h às 20h na Praça Pio XII, em Icoaraci, com atividades para todas as idades, incluindo apresentações culturais, oficinas de conserto de bicicletas e uma “anticorrida”, onde vence quem chega por último.

O festival, promovido pelo Instituto Aromeiazero com apoio da Lei de Incentivo à Cultura, já percorreu diversas capitais do país e desembarca em Belém com foco na valorização do uso da bicicleta como alternativa de transporte urbano. A proposta dialoga com os desafios de descarbonização e acessibilidade enfrentados pelas grandes cidades, especialmente aquelas que se preparam para eventos globais como a COP.

Destaque também para as atrações culturais que ocuparão o espaço público, como o pocket show da artista Nic Dias, apresentações de carimbó, teatro de rua com o Grupo Experimental de Teatro (GeMte) e atividades lúdicas com o Coletivo Sarau em Movimento. A agenda inclui ainda visita guiada com audiodescrição promovida pelo grupo LibrAces, reforçando o caráter inclusivo do evento.

Vocalizando o espírito do evento, a produtora do Grupo Experimental de Teatro (GeMte), Bárbara Lopes, compartilhou com a reportagem do Estado do Pará Online (EPOL) sua visão sobre a participação no festival. “O Bike Arte é um evento que agrega discussões sobre mobilidade urbana e ocupação de espaços públicos, mas também valoriza atividades culturais. Para a gente, do teatro de rua, é uma oportunidade de democratizar o acesso à arte e ao debate social”, afirmou. Bárbara destacou ainda o espetáculo “Quem Vai Pagar o Pato”, que será apresentado durante o evento, como uma crítica lúdica ao sistema de exploração do trabalho, usando a história de três galinhas presas em um galinheiro sob ordens de uma raposa e um pato. “Estar no Bike Arte é importante porque une cultura, sustentabilidade e inclusão em um mesmo espaço”, concluiu.

Crédito da foto: Diego Di Paula

Sexta-feira (16), a programação já começa com uma exposição artística na Rua Cel. Juvêncio Sarmento, das 8h às 18h, com trabalhos das artistas Minie, Ireny, Emilhe e Juuh. O endereço também sediará as demais atividades do sábado, com a expectativa de reunir moradores e visitantes em torno da bicicleta, da arte e do debate sobre o futuro das cidades.

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