Família faz apelo por homem internado após AVC na UPA do Icuí-Guajará, em Ananindeua; assista

Douglas Hailton de Souza, de 41 anos, está em coma na unidade de saúde, que, segundo familiares, estaria se negando a fazer a transferência para o PSM da 14, em Belém; família teria sido ameaçada por assistente social

Um homem, identificado como Douglas Hailton de Souza, de 41 anos, deu entrada no começo da manhã desta quarta-feira (19) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Icuí-Guajará, em Ananindeua, após um Acidente Vascular Cerebral (AVC). No entanto, segundo a família, as condições de atendimento na unidade de saúde são péssimas e comprometem a saúde do paciente.

De acordo com Danielle Costa, sobrinha de Douglas, ele só recebeu atendimento médico por volta das 10h da manhã, cerca de quatro horas depois de dar entrada no local, em estado gravíssimo

Ela afirma que a equipe médica se recusou a viabilizar a transferência do tio para o PSM da 14, em Belém, por uma suposta briga política envolvendo o prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos (PSB), e o atual prefeito de Belém, Igor Normando (MDB). Ela também disse ter sido ameaçada por uma assistente social, que teria acionado a Guarda Municipal para retirar a família do local quando soube que Danielle acionou a imprensa. Assista à denúncia:

Devido à gravidade, Douglas entrou em coma e está na Sala Vermelha da unidade de saúde. Ele precisa ser transferido com urgência antes que o quadro de saúde dele piore. 

A equipe do Estado do Pará Online entrou em contato com a Prefeitura de Ananindeua, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), cobrando um posicionamento e aguarda resposta.

Colapso na saúde — Na última semana, o Ministério Público do Pará (MPPA) pediu ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) intervenção imediata na administração do sistema de saúde pública de Ananindeua, alegando que “o município passa por uma crise de saúde pública sem precedentes, com prejuízos à população local e a outros municípios da Região Metropolitana”. Com o pedido, o juiz Álvaro José Norat determinou um prazo de 15 dias para a corte do TJ-PA avaliar o pedido e decidir dar andamento ao processo ou arquivar a denúncia.

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