A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra o ex-presidente da Funtelpa, Hilbert Nascimento, transformando-o em réu nos inquéritos que investigam múltiplas acusações de assédio sexual e moral durante sua gestão. As denúncias incluem relatos de 25 testemunhas, principalmente mulheres, que descreveram comportamentos abusivos atribuídos ao ex-gestor, que chegou a ser classificado como um “predador sexual” por algumas depoentes, incluindo mulheres casadas.
A sindicância interna realizada na Funtelpa foi peça-chave para a abertura do inquérito criminal, conforme os artigos 222 e 227 do Regime Jurídico Único dos Servidores Estaduais (Lei 8.510/94). Essa investigação apontou detalhes das ações de Hilbert, como tratamentos hostis e aliciamento de subordinados, criando um ambiente de trabalho marcado por medo e humilhação.
O processo criminal (nº 0822028-83.2024.8.14.0401) terá sua primeira audiência em 18 de fevereiro de 2025, na sede da 4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém, sob a condução da juíza Silvana Maria de Lima e Silva.
Ainda não está claro se todas as testemunhas que participaram da sindicância irão depor em juízo, pois muitas relataram temor por retaliações e enfrentam traumas emocionais. A promotora Bethânia Maria Corrêa, da 10ª Promotoria de Justiça Criminal, é a responsável pela condução do caso, que deve atrair grande atenção pública dado o impacto das denúncias e a gravidade das acusações.
Segundo o jornalista Olavo Dutra, “o radialista foi abrigado no Conselho da Cosanpa, a Companhia de Saneamento do Pará. Como conselheiro, o radialista recebe salário mensal de R$ 28 mil sem comparecer ao órgão, já que o colegiado se reúne apenas uma vez por mês”.
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