Entre os dias 13 e 24 de julho, o Instituto Mondó realizou duas semanas intensas de voluntariado no município de Breves, na Ilha do Marajó (PA). A programação, realizada em comunidades urbanas, ribeirinhas e rurais, fez parte de um esforço coletivo para fortalecer o desenvolvimento local a partir de ações nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e mobilização comunitária.
Ao todo, somaram-se 27 voluntários que participaram das atividades, vindos de diferentes regiões do país, com destaque para estudantes universitários, profissionais da saúde e da educação. Dentre os estudantes, haviam grupos de instituições de ensino superior parceiras – UNIP e IDOMED, que custearam a ida dos seus alunos.
Durante o período, foram realizados atendimentos médicos e fisioterápicos, oficinas educacionais com crianças e adolescentes, letramento digital, visitas domiciliares, amostra de cinema, alfabetização para idosos, reformas em espaços comunitários, além de palestras sobre ISTs e primeiros socorros.
As ações aconteceram em parceria com escolas e unidades básicas de saúde do território, ampliando o alcance e o impacto das atividades junto à comunidade.
Orientações
A estudante de medicina Denise Salotti, do 4º ano da UNIP em São José do Rio Pardo (SP), relatou que a ação possibilitou levar informações importantes às comunidades, como orientações de primeiros socorros.
Ela notou que a logística é uma das principais barreiras para o acesso à saúde, com casos de crianças que nunca foram ao dentista e medicamentos de difícil acesso. “Poder contribuir com meu conhecimento através de orientações médicas foi de suma importância para minha formação profissional”, afirma a estudante.
As ações realizadas pelos voluntários também impactaram a rotina da Escola São Tomé, na comunidade de mesmo nome, que serviu de base para as atividades.
Intercâmbio na Amazônia
O Intercâmbio Mondó é realizado duas vezes ao ano, em janeiro e julho, e propõe uma imersão no bioma amazônico. Segundo Júlia Jungmann, diretora de Desenvolvimento Institucional do Instituto Mondó, o programa oferece a estudantes de diferentes regiões do Brasil a chance de vivenciar a Amazônia em profundidade. “Enquanto esses voluntários doam seu conhecimento técnico e empático, também recebem saberes, aprendizados e lições de vida”, pontua.
Ela também ressalta que os jovens se depararam com comunidades sem saneamento básico, o que impacta diretamente a saúde da população. Problemas intestinais e doenças de pele são alguns dos efeitos observados. “A partir dessas experiências, esses futuros profissionais desenvolvem senso crítico, postura mais humanizada e empatia. O Intercâmbio Mondó é uma oportunidade de construção de cidadania”, acrescenta.
Além dos resultados imediatos, como número de atendimentos e oficinas realizadas, o maior legado das duas semanas está na troca de saberes e na construção de soluções conjuntas com a comunidade local. A iniciativa reforça o compromisso do Instituto Mondó com a promoção da equidade e o fortalecimento de políticas públicas no Marajó.
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