Estudantes da rede pública do Pará representam o estado na etapa nacional do Torneio de Robótica

O torneio, promovido pela organização internacional FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology), desafia crianças e adolescentes de 9 a 15 anos a desenvolverem soluções para problemas reais, integrando conceitos de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM).

A equipe “Pavulagem”, formada por estudantes da rede pública estadual, está representando o Pará na etapa nacional do Torneio Sesi de Robótica — First Lego League Challenge — que ocorre até o dia 15 de março, em Brasília (DF). O grupo concorre com o projeto sustentável “Ecopavu: Catamarã Coletor de Resíduos Sólidos Urbanos”, uma solução inovadora para a limpeza de rios da Amazônia, alinhada ao tema da competição deste ano: “Submerged”.

O torneio, promovido pela organização internacional FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology), desafia crianças e adolescentes de 9 a 15 anos a desenvolverem soluções para problemas reais, integrando conceitos de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM).

Conquista histórica

Para Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação, a presença dos estudantes paraenses em uma competição de alcance global é motivo de orgulho.

“É uma enorme satisfação ver nossos alunos alcançando novos horizontes, fruto do esforço conjunto entre eles e seus professores, como o professor Rafael. A equipe Pavulagem representa cada estudante da rede pública do Pará, inspirando-os a sonhar alto e buscar suas próprias conquistas. Independentemente do resultado, eles já são vencedores”, afirmou o secretário.

A equipe é composta por Jhon Miranda, Jéssica Aguiar, Thaila Sarmento, Maria Eduarda Barbosa, David Silva, Gustavo Lima e Marcos Machado — este último estreando no torneio.

“Sempre fui curioso sobre robótica. Vi um vídeo no YouTube, me interessei, e meus pais descobriram o Pavulagem. Agora, estou aqui, representando o Pará. Espero viver bons momentos, fazer amizades e, quem sabe, conquistar um troféu para o nosso estado”, disse Marcos, aluno da Escola Estadual Prof. Waldemar Ribeiro.

Solução sustentável

Neste ano, o tema “Submerged” propõe que as equipes criem estratégias para o combate ao lixo nos oceanos. Como resposta ao desafio, o projeto “Ecopavu” foi desenvolvido para recolher resíduos sólidos urbanos dos rios amazônicos por meio de um catamarã sustentável.

Para Gustavo Lima, da Escola Estadual Professora Albanízia de Oliveira Lima, a participação no torneio é mais do que uma competição: “Essa é minha terceira vez viajando com o time. Cada torneio é uma experiência única. Aprendemos muito sobre as espécies da nossa região e sobre como criar soluções sustentáveis para problemas reais. Quero aproveitar ao máximo, já que este é meu último ano”, destacou.

Preparação intensa e autonomia

A equipe é coordenada pelas professoras Célia França e Aldelice Ferreira Dias, além do professor Wanderson Alves Monteiro. Segundo Célia, a robótica vai muito além da construção de robôs.

“O que mais impressiona é a autonomia dos estudantes. Eles não apenas constroem e programam robôs, mas também resolvem problemas, exercitam o pensamento crítico e colaboram em equipe. É uma lição que levarão para a vida”, explicou.

A professora também reforçou a importância de ver alunos da rede pública atingindo esse patamar: “Chegar à etapa nacional é uma conquista gigantesca. Isso prova que a robótica não só aprimora habilidades tecnológicas, mas também fortalece o desempenho escolar e social desses jovens. É a prova de que, com oportunidades, eles podem ir longe”.

Como funciona o torneio

O FIRST® LEGO® League Challenge é dividido em quatro categorias:

  • Core Values: avalia trabalho em equipe, inclusão e respeito mútuo;
  • Desafio do Robô: testa as habilidades dos robôs programados para cumprir missões específicas em uma mesa de competição;
  • Design do Robô: analisa a criatividade e a funcionalidade dos projetos mecânicos desenvolvidos com tecnologia LEGO® SPIKE™ Prime;
  • Projeto de Inovação: desafia os estudantes a apresentarem soluções criativas para problemas reais, como o tema ambiental deste ano.

Com foco na sustentabilidade e no desenvolvimento tecnológico, a equipe Pavulagem carrega a esperança de conquistar um lugar no pódio e, quem sabe, representar o Brasil em torneios internacionais.

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