Escola Estadual no bairro da Marambaia promove exposição e atividades culturais para celebrar a Consciência Negra

Arte e consciência: mostra destaca a cultura afro-amazônida em celebração ao Dia da Consciência Negra.

Foto: Ascom FADEP

A Escola Estadual de Ensino Fundamental de Tempo Integral Dr. Carlos Guimarães, localizada no bairro da Marambaia, em Belém, realizou uma programação especial em alusão ao Dia da Consciência Negra. Com atividades que incluíram roda de capoeira, dança, desfile de moda, pintura e uma exposição artística, o evento teve como objetivo difundir e valorizar a cultura afro-amazônida.

O ponto alto da programação foi a mostra de artes visuais intitulada “Grafismo em Cores, Movimentos e Texturas Afro-Amazônida”, que apresenta mais de 300 peças criadas pelos alunos. Entre os destaques estão telhas descartadas da reforma da escola que foram transformadas em obras de arte com grafismos africanos. A exposição permanece aberta à comunidade escolar até a próxima segunda-feira (25), no auditório da escola.

Educação antirracista em prática

A professora de artes Darcilene Batista explicou que a exposição faz parte do Projeto Afrobetização Cultural, uma iniciativa pedagógica voltada para a educação antirracista e a valorização das diferenças culturais.

“O objetivo foi integrar os saberes e fazeres do continente africano ao processo de alfabetização nos anos iniciais, envolvendo práticas interdisciplinares. Trouxemos palavras de origem africana para trabalhar a alfabetização inclusiva e despertar a apreciação artística em nossos alunos,” destacou a docente.

Alunos aprendem e compartilham cultura

As atividades envolveram estudantes de diversas turmas. Jonathan José, aluno do 4º ano, falou sobre o que aprendeu:
“Aprendi sobre os países do continente africano, palavras de origem africana e o grafismo deles. Descobri que a capoeira começou no tempo da escravidão, como uma forma de luta disfarçada de dança para enganar os portugueses,” relatou o estudante.

Outras atividades abordaram temas como diversidade e sustentabilidade. A turma do 3º ano apresentou ritmos africanos utilizando instrumentos feitos com materiais reciclados, enquanto o projeto “Conhecendo as Raízes e Valorizando os Frutos”, da turma do 5º ano, explorou personalidades e ícones antirracistas globais.

Foto: Ascom FADEP

Comunidade escolar engajada

A diretora da escola, Lucilene Cruz, ressaltou a participação ativa da comunidade escolar em eventos como este:
“Nossa escola tem como princípio o planejamento cuidadoso e a execução de atividades que envolvam alunos, professores e famílias. Alcançamos um Ideb de 6.8, resultado do esforço coletivo. Cada ação é realizada com dedicação, como se fosse uma grande apresentação artística,” afirmou.

Com 240 alunos de 6 a 12 anos, a Escola Dr. Carlos Guimarães reafirma sua missão de promover a inclusão e a valorização cultural, consolidando-se como uma referência no ensino público do bairro da Marambaia.

Com informações de: Ascom FADEP

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