A Escola Aimee McPherson, localizada em Ananindeua e reconhecida por ter o segundo melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do município, está no centro de uma crise que envolve acusações de perseguição religiosa, precarização de serviços e possível desapropriação do imóvel.
Segundo relatos de parlamentares e lideranças locais, professores e servidores foram exonerados, alunos com deficiência estão sem acompanhamento adequado e, diante da ausência de merendeiras, pais têm se revezado para preparar a alimentação das crianças.
Baseada em pronunciamento da vereadora Ray Tavares (MDB), a situação se agravou com o encerramento do contrato com a instituição mantenedora do prédio, ligada à Igreja do Evangelho Quadrangular. A parlamentar denunciou que trabalhadores foram mantidos na escola com promessas não cumpridas de contratação, atuando sem remuneração por até quatro meses. Ainda segundo a vereadora, profissionais da educação foram questionados sobre sua fé religiosa em reuniões internas e, caso confirmassem vínculo com a referida igreja, seriam descartados de futuras contratações.
Críticas também vieram do Coronel Osmar Nascimento, que afirmou nas redes sociais que a gestão municipal estaria tentando “tomar à força aquilo que foi construído com esforço, dedicação e compromisso com a comunidade”. Para ele, a tentativa de desapropriação da escola seria motivada por razões políticas, ignorando o histórico positivo da instituição.
Diante das graves denúncias envolvendo precarização do serviço público, voluntariado forçado e suposta perseguição religiosa, a reportagem do portal Estado do Pará Online (EPOL) entrou em contato com a Prefeitura de Ananindeua, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.
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