Equatorial aponta 3,2 mil “gatos” no Marajó e relaciona fraudes à má qualidade de energia, após protestos em três cidades

A população marajoara aponta a má qualidade do fornecimento de energia como causa dos protestos, alegando também cobrança de propinas e multas elevadas por parte dos fiscais da Equatorial

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A concessionária de energia elétrica Equatorial Pará sugeriu que a baixa qualidade de fornecimento no Marajó pode estar relacionada ao uso de ligações clandestinas, conhecidas como “gatos”, uma prática considerada furto e passível de penalidades legais.

Em resposta às manifestações em Bagre, Curralinho e São Sebastião da Boa Vista, a empresa revelou que, entre janeiro e setembro de 2024, foram identificadas 3.215 fraudes durante 3.369 operações contra o furto de energia nos 17 municípios da Região de Integração do Marajó.

A Equatorial afirmou em nota que realiza um plano de manutenção regular nas cidades marajoaras para garantir a continuidade do serviço e destacou que as ligações clandestinas impactam tanto a qualidade do fornecimento quanto a segurança da população.

Segundo informações do portal Notícia Marajó, os protestos começaram em Bagre, onde moradores impediram a entrada de equipes da concessionária, forçando o retorno dos veículos antes mesmo de desembarcarem no porto.

O ato foi seguido por manifestações semelhantes em Curralinho e São Sebastião da Boa Vista. Em São Sebastião, vídeos registraram o momento em que moradores, em sinal de repúdio, jogaram bombas na água, obrigando a embarcação a se afastar.

A população marajoara aponta a má qualidade do fornecimento de energia como causa dos protestos, alegando também cobrança de propinas e multas elevadas por parte dos fiscais da Equatorial. No último incidente, dois homens foram detidos após furarem os pneus dos veículos da empresa em Bagre, levando a Equatorial a recuar diante das manifestações.

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