O prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), foi afastado cautelarmente do cargo nesta terça-feira (5), por determinação judicial, no âmbito da Operação Hades, conduzida pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). A ação investiga crimes como fraude ao caráter competitivo de licitações, corrupção ativa e passiva, envolvendo agentes públicos e empresários.
A operação foi realizada pelo Centro Integrado de Investigação do MPPA (CI/MPPA), por delegação da Procuradoria-Geral de Justiça, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI). Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos endereços na Região Metropolitana de Belém, no interior do estado e também fora do Pará. Além do afastamento do prefeito, outras medidas cautelares foram determinadas pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
Segundo o MPPA, a operação segue em andamento com 16 equipes atuando no cumprimento das ordens judiciais.
Em nota oficial, Daniel Santos se pronunciou sobre o afastamento, classificando a ação como parte de uma “perseguição política” orquestrada pelo governo estadual. “Agora, os oligarcas da família Barbalho buscam, através de sua rede de influências, junto a alguns promotores estaduais, criar mais uma falsa narrativa para interferir no processo eleitoral de 2026”, afirma.
Ele também criticou a decisão judicial, que considera “arbitrária e sem direito à defesa prévia”, e reforçou que continuará com sua pré-candidatura ao governo do Pará. “Não há nada a temer. Vamos lutar até o fim para libertar o Pará de uma ditadura que engana o povo e persegue quem não se ajoelha aos seus desmandos”, conclui o texto divulgado por sua assessoria.
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