Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) estão desenvolvendo embalagens biodegradáveis a partir de mandioca e caroço de açaí, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental de resíduos plásticos nos oceanos. A iniciativa, intitulada “Bioembalagens da Amazônia”, conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Fapespa e da Uepa, e será apresentada como exemplo de inovação durante a realização da COP 30, marcada para ocorrer em Belém.
Baseado em matérias-primas abundantes no Pará, o projeto busca substituir embalagens convencionais derivadas do petróleo por alternativas sustentáveis, fortalecendo também a bioeconomia regional. Além da relevância econômica e cultural da mandioca e do açaí, os materiais permitem a produção de filmes biodegradáveis com potencial de aplicação industrial, após testes e análises conduzidos no Laboratório de Biossoluções e Bioplásticos da Amazônia (Laba/UFPA).
Integrada a políticas públicas como o Plano Estadual Amazônia Agora e a Estratégia de Bioeconomia (PlanBio), a pesquisa também contribui para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Segundo o coordenador José de Arimateia Rodrigues, o projeto representa uma resposta concreta ao problema da poluição plástica, que já afeta 98% dos peixes analisados nos rios amazônicos.
Dessa forma, a proposta alia inovação científica, preservação ambiental e formação acadêmica, com a participação de estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. A expectativa é que os resultados da iniciativa reforcem o papel da Amazônia como protagonista em soluções sustentáveis durante os debates internacionais da COP 30.
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