O último dia 6 de fevereiro ficou marcado pelo retorno da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) após o longo recesso. Os parlamentares retornaram às suas funções para ouvir a tradicional mensagem do governador Helder Barbalho (MDB) que fica marcada por abrir os trabalhos na temporada.
O momento era de fala para a oposição ao governo e o deputado Rogério Barra (PL) estava preparado para um longo e duro discurso contra o governador, porém o presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB) deu a vez para a deputada Lívia Duarte (Psol).
Rogério ficou revoltado com a escolha, alegando que o PL é a única oposição a Helder, e aí Lívia não pensou duas vezes e relembrou que o filho do deputado federal Éder Mauro (PL) já foi secretário de direitos humanos no governo Helder; confira:
Barra foi secretário na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) do início do governo Helder até 22 de maio de 2020, quando entregou o cargo alegando divergências com o governador em relação às ações adotadas pelo Pará no combate à pandemia da covid-19, assim como os ataques do governo ao até então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Exatamente um mês depois, em 22 de junho de 2020, uma operação da Auditoria Geral do Estado do Pará (AGE) foi deflagrada para fiscalizar e apreender documentos na sede da Sejudh, em Belém. No apoio à operação, estiveram equipes do Departamento de Combate à Corrupção da Polícia Civil (Decor).
Os serviços foram voltados a fiscalizar denúncias relacionadas a contratos, convênios, termos de parcerias e processos licitatórios dentro do Programa Estadual de Proteção à Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH); Programa Estadual de Proteção à Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (PROVITA) e o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM).
Em sua página no Facebook, o deputado federal Éder Mauro, até então no PSD, postou um vídeo em que faz críticas à operação e escreveu em letras maiúsculas:
“Mais uma vez, o governador que se autointitula o Rei do Norte, Helder Barbalho, usa a polícia e sua imprensa pra perseguir seus opositores. Hoje eles estiveram na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, onde meu filho trabalhava, pra tentar forjar alguma situação contra a gente”.
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