Em dia de volta às aulas, municípios paraenses têm protestos de professores e indígenas

Os protestos são em apoio aos indígenas que ocupam a Seduc desde o dia 14 de janeiro, pedindo a revogação da Lei 10.820/2024.

As aulas nas escolas estaduais do Pará, que estavam previstas para recomeçar nesta segunda-feira (27), não ocorreram em alguns municípios devido a protestos de professores que exigem a revogação da Lei 10.820/2024. Educadores das cidades de Marabá e Santarém se mobilizaram para não retomar as atividades até que o governador Helder Barbalho (MDB) garanta que não haverá cortes no financiamento da educação para comunidades indígenas e quilombolas, além de assegurar a continuidade do Sistema Modular de Ensino (SOME).

Em vídeos compartilhados nas redes sociais, é possível ver alunos e professores dos municípios de Marabá e Santarém protestando contra as novas medidas do governo. Além de exigirem a exoneração do secretário de Educação do Estado do Pará, Rossieli Soares da Silva.

Gritos como “Revoga já!”, “Fora Rossieli!” e “Trabalhador na rua, Helder, a culpa é sua!” foram entoados pelos manifestantes que protestaram na manhã desta segunda-feira. Veja:

Ocupação na Seduc

A ocupação da Secretaria de Educação do Estado do Pará (SEDUC), em Belém, completou 13 dias nesta segunda-feira (25). O movimento, liderado por cerca de 400 indígenas de 20 povos, permanece exigindo a revogação da Lei 10.820/2024.

A nova legislação tem sido alvo de críticas por substituir parte do ensino presencial por aulas online. Segundo as lideranças indígenas, a medida compromete o aprendizado nas aldeias devido à falta de acesso à internet, barreiras linguísticas – já que muitos estudantes não falam português – e dificuldades em adaptar o modelo de ensino à distância às realidades locais.

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