A gestão do ex-prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, rebateu nesta segunda-feira (24) as declarações feitas pela Secretaria de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel),Thayta Martins, sobre um passivo de R$ 284 milhões deixado pela administração anterior. Em nota, a equipe do ex-prefeito afirmou que as alegações da atual gestão, liderada por Igor Normando, não condizem com os dados apurados pela equipe de transição e encaminhados aos órgãos de controle.
Segundo a equipe de Edmilson, todos os contratos e pagamentos foram apresentados sem contestação por parte da nova administração. Em relação ao contrato com a empresa Ciclus Amazônia, responsável pela limpeza urbana, a nota destaca que os pagamentos foram realizados regularmente e que a licitação seguiu trâmites legais, incluindo decisões judiciais e acompanhamento do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). A gestão anterior argumenta que o contrato na modalidade Parceria Público-Privada (PPP), com duração de 30 anos, prevê investimentos nos primeiros cinco anos, incluindo a criação de um novo aterro sanitário.
A Sezel, no entanto, divulgou que 79% da dívida total da pasta está relacionada ao manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana, sendo R$ 96 milhões referentes ao contrato com a Ciclus Amazônia. A atual gestão afirmou que já realizou um pagamento de R$ 32 milhões e que negocia a quitação do restante para evitar impactos na prestação do serviço. A pasta também informou que busca soluções para a prorrogação do uso do Aterro Sanitário de Marituba e alternativas para a destinação dos resíduos da capital.
Outro ponto abordado pela Sezel foi a Operação Tapa-Buracos, que também estaria comprometida por dívidas herdadas. A titular da secretaria, Thayta Martins, ressaltou que a administração municipal trabalha para reorganizar os pagamentos e ampliar as equipes responsáveis pelo serviço. Apesar das dificuldades financeiras apontadas, a prefeitura garantiu que a coleta de lixo e a manutenção viária não serão interrompidas.
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