Éder Mauro rejeita PEC que acaba com escala de trabalho 6×1: ‘proposta de quem tem preguiça de trabalhar’

A medida, que precisa de 171 assinaturas para tramitar na Câmara, foi alvo de intensos debates e resistência, mesmo após uma campanha popular que obteve mais de 1,1 milhão de assinaturas.

Câmara Federal

Na última quarta-feira (6), a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visava acabar com a escala de trabalho 6×1 foi rejeitada em bloco pelos deputados do Partido Liberal (PL). A medida, que precisa de 171 assinaturas para tramitar na Câmara, foi alvo de intensos debates e resistência, mesmo após uma campanha popular que obteve mais de 1,1 milhão de assinaturas.


Utilizada amplamente em setores como supermercados, bares, restaurantes, shoppings e comércio, a escala 6×1 se tornou ainda mais prejudicial, para setores ligados aos trabalhadores, após a Contrarreforma Trabalhista de 2017. A PEC rejeitada no Congresso buscava uma revisão da prática, que, segundo seus defensores, impacta negativamente a saúde física e mental dos trabalhadores e dificulta o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.


A petição pública contra a escala, organizada por Ricardo Azevedo e o movimento VAT (Vida Além do Trabalho), exige alternativas para jornadas de trabalho mais equilibradas e a criação de políticas de proteção ao trabalhador, incluindo férias regulares, licença parental e a limitação de horas extras.

Reação de Éder Mauro no Congresso:
O posicionamento contra a PEC foi enfaticamente defendido por alguns deputados, como o paraense Éder Mauro (PL-PA), que, em sessão na Câmara, criticou a PEC chamando de “proposta de quem tem preguiça de trabalhar”. Em resposta, Ricardo Azevedo acusou Mauro de ser “sanguessuga” e desafiou-o a trabalhar na escala 6×1, recebendo salário mínimo.

@rickazzevedo

ME POUPE

♬ som original – Rick Azevedo

Éder Mauro e a Reforma Trabalhista

Éder Mauro foi um dos defensores da reforma trabalhista que, segundo entidades, retirou direitos dos trabalhadores. Alem dele, outros deputados federais do Pará como Elcione Barbalho (MDB), Josué Bengtson (PTB), Joaquim Passarinho (PL), e outros foram a favor da mudança. A reforma foi alvo de críticas na época, por ser vista como uma perda significativa para as condições de trabalho no Brasil.

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