Dona Lourdes II: Comandante de embarcação que naufragou na Ilha de Cotijuba vai a júri popular

Ao todo, 23 pessoas, sendo 6 crianças, morreram e 55 conseguiram sobreviver; de acordo com a Segup, lancha não tinha permissão para navegar

A Justiça estadual determinou que o comandante da embarcação Dona Loudes II, que naufragou em 2022 na Ilha de Cotijuba, vai a júri popular. O julgamento, que ainda não teve data definida, deverá ocorrer ainda este ano. Marcos de Souza Oliveira vai responder por homicídios qualificado com dolo eventual, ou seja, quando o autor assume o risco de causar morte, mesmo sem intenção direta.

O juiz Homero Lamarão Neto, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, rejeitou o pedido da defesa de absolvição ou a desclassificação para homicídio culposo. Assista ao vídeo do advogado Marco Pina:

Acidente – No dia 8 de setembro de 2022, a embarcação Dona Lourdes II partiu da Ilha do Marajó em direção a Belém, mas naufragou perto da Ilha de Cotijuba. Ao todo, 23 pessoas morreram, sendo 6 crianças, e 55 sobreviveram. Segundo a Secretaria de Segurança do Pará (Segup), a lancha não tinha autorização para navegar e era guardada em um posto clandestino para o embarque de passageiros que não eram cadastrados. De acordo com a polícia, o comandante Marcos demorou a chamar socorro e não havia distribuído kits de colete salva-vidas aos passageiros. Ele foi preso no mesmo ano.

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