Dívida na saúde de Belém ultrapassa R$ 200 milhões, aponta gestão atual

Novo diagnóstico revela débitos elevados e desafios na infraestrutura da saúde pública, com impactos no atendimento à população.

A Prefeitura de Belém apresentou, nesta quinta-feira (27), um diagnóstico financeiro da saúde pública da cidade, revelando uma dívida superior a R$ 200 milhões, muito além dos R$ 155 milhões inicialmente previstos na transição de governo. O levantamento aponta ainda a deterioração de unidades de saúde e problemas na gestão de recursos humanos e materiais.

Segundo o secretário municipal de saúde, Rômulo Nina, a situação financeira e estrutural encontrada representa um grande desafio. “A dívida é um grande obstáculo, e estamos trabalhando para restabelecer a confiança com fornecedores e prestadores de serviços”, afirmou.

Entre os problemas identificados estão as condições precárias em hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a contratação de profissionais temporários com contratos vencidos e a perda de quase R$ 1 milhão devido ao vencimento de medicamentos.

A cidade também ocupa a 137ª posição no ranking de Atenção Básica do Pará, no programa PrevineBrasil, refletindo dificuldades em áreas como vacinação e acompanhamento de gestantes e hipertensos. Para enfrentar esses desafios, a atual gestão iniciou reformas nas unidades de saúde e convocou 351 novos profissionais para reforçar a atenção primária à saúde.

Em resposta, a assessoria de Edmilson Rodrigues, por meio de uma nota oficial, destacou que o déficit da saúde foi reduzido em 60% durante seu mandato, de R$ 250 milhões para R$ 100 milhões, apontando ainda o aumento de recursos federais como um avanço importante. Veja um trecho da nota oficial.

“A gestão de Edmilson Rodrigues herdou uma dívida na área da saúde, da gestão de Zenaldo Coutinho, de cerca de R$ 90 milhões, que se ampliou com a pandemia. Para garantir leitos e respiradores para a população e para realizar a estratégia exitosa de vacinação em massa, esse déficit chegou a cerca de R$ 250 milhões no final de 2022. A gestão de Edmilson priorizou salvar vidas. Houve um empenho administrativo que permitiu reduzir esse passivo para R$ 100 milhões no final da gestão (ou seja, cerca de 60% de redução do déficit)”

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