Devido à seca nos rios, cinco cidades decretam situação de emergência no Marajó

Os municípios tentam homologação junto ao Governo do Estado para terem acesso a recursos e receberem ajuda.

Reprodução: Redes Sociais

Pelo menos cinco cidades do Marajó decretaram situação de emergência em decorrência da seca do rio Amazonas que afeta as áreas centrais do Arquipélago. As primeiras foram Chaves e Anajás, agora foi a vez de Muaná, Santa Cruz do Arari e Bagre, os municípios tentam homologação junto ao Governo do Estado para terem acesso a recursos e receberem ajuda.

De acordo com informações, as prefeituras de Oeiras do Pará e de Ponta de Pedras, também devem adotar as mesmas providências na próxima semana. Em Muaná, o prefeito Biri Magalhães justificou o decreto informando que as regiões do Alto e Centro Rio Atuá, nas localidades de Mato Grande, Limão, Umarizal, Baratas e Jaratuba sofrem os efeitos da seca na agricultura, na pecuária e no abastecimento de água, inclusive, potável.

Ainda segundo o prefeito, ele já tentou perfurar poços sem sucesso e disse que o município não possui recursos suficientes para prestar socorro a todas as vítimas da estiagem.  Por isso ele decretou a situação de emergência e foi até Belém nesta sexta-feira (17) apresentar o documento na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), na Casa Civil e na Defesa Civil do Governo do Estado.

O prefeito de Bagre, Clebinho Rodrigues confirmou que decretou a situação de emergência por causa da seca que atinge moradores da comunidade Novo Repartimento, no Alto Rio Jacundá, onde nem pequenas embarcações com motores rabudos estão conseguindo navegar. Ele acrescentou que além da seca, a cidade sofre com as queimadas e com a fumaça que se aproximam de outros municípios.

A Prefeitura de Santa Cruz do Arari confirmou, por meio do departamento jurídico, que já decretou a situação de emergência, mas não informou qual é a situação no município. Moradores da cidade relatam que, a exemplo dos vizinhos, a seca tem atingido as comunidades.

Em todo Pará, ao menos 20 municípios tiveram reconhecimento federal de situação de emergência por causa da estiagem e da seca. A baixa de rios ameaça também a navegabilidade. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) anunciou repasse de recursos.

Entre os meses de julho a dezembro, o rios da região costumam baixar, mas este ano isso se tornou uma das piores estiagens já enfrentadas por quem vive no Marajó. Na região não chove há 4 meses.

Com informações: Notícia Marajó

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