A Amazônia registrou um aumento de 17% na área desmatada entre agosto de 2024 e fevereiro de 2025, em comparação com o mesmo período do ciclo anterior. No total, foram derrubados mais de 2 mil km² de floresta, o que supera a área da cidade de São Paulo. Os dados foram divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) na última quinta-feira (27).
Mesmo com a intensificação de ações de monitoramento, os números indicam uma tendência de alta, especialmente antes da chegada do período seco, quando historicamente o desmatamento se intensifica. Apenas em fevereiro, a devastação alcançou 119 km², representando um aumento de 2% em relação ao mesmo mês de 2024 e a quinta maior marca já registrada para o período.
Roraima (37%), Mato Grosso (34%) e Pará (11%) concentraram 82% da derrubada florestal no último mês, com destaque para municípios como Amajari, Caracaraí e Aripuanã, que já figuravam entre os mais desmatados desde janeiro. Pesquisadores alertam para a necessidade de reforço na fiscalização e aplicação de penalidades aos infratores.
Além do desmatamento, a degradação florestal atingiu 33.807 km² no atual calendário, um recorde na série histórica. O Pará foi um dos estados mais impactados, com 75% da destruição. No Pará, cinco das oito Unidades de Conservação mais degradadas estão localizadas no estado, além das Terras Indígenas Anambé e Alto Rio Guamá, que perderam juntas 12 km² de vegetação.


Leia também:
Deixe um comentário