Deputado paraense acusa Funai de estar agindo de forma arbitrária no estado

Segundo relato de Barra, a Funai está agindo de maneira arbitrária, declarando áreas indígenas sem seguir os procedimentos administrativos adequados.


O deputado paraense Rogério Barra (PL) denuncia a demarcação desordenada e irregular de terras indígenas no Pará pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). O discurso do político foi na Frente Parlamentar da Agropecuária.

Segundo relato de Barra, a Funai está agindo de maneira arbitrária, declarando áreas indígenas sem seguir os procedimentos administrativos adequados. Os locais em questão fazem parte de vários municípios do Sul do Pará, como Marabá, Jacundá e Nova Ipixuna. Além disso, há áreas dos Estados do Amazônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins e Rondônia.

Para o deputado paraense, a alternativa seria uma medida judicial para proibir a inclusão das glebas (área rural, sem proporções definidas em lei, que ainda não teve sua aprovação de loteamento efetivada pelo órgão competente) no Sistema de Gestão Fundiária do Incra, sem a devida conclusão do processo administrativo.

“Um grupo de produtores do sul do Pará tomou conhecimento de um ofício enviado pela Funai ao Incra, solicitando a inclusão de várias glebas federais no SIGEF (Sistema de Gestão Fundiária). Entre essas glebas, estava a que ocupam atualmente, já regularizada ou em processo de regularização. Causou espanto o fato do ofício da Funai mencionar expressamente que, na gestão anterior durante o governo Bolsonaro, houve recusa de interesse nessas áreas. Agora, após reavaliação, decidiram expressar interesse novamente, gerando insegurança jurídica para a sociedade e produtores”, explicou Rogério Barra.

“Preocupados com o ocorrido em Apyrerewa, eles estão sofrendo antecipadamente, dado o longo histórico de trabalho, esforço e sonhos investidos na região”, enfatizou o deputado. “Os impactos disso são incalculáveis, afetando questões socioeconômicas, socioambientais, especulação imobiliária, entre outros”, finalizou Rogério Barra.