Deputado Ângelo Ferrari acusa prefeito bolsonarista de roubar quase R$ 1 milhão por dia em Oriximiná

Em junho deste ano, a Polícia Civil abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o prefeito. A abertura do processo foi oficializada através do Diário Oficial do Estado e o documento foi assinado pelo delegado-geral Walter Resende.

Foto: Reprodução

Na última terça-feira (19) no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), o deputado estadual Ângelo Ferrari (MDB) rasgou o verbo em um debate com o também deputado estadual Josué Paiva (REPUBLICANOS).

Ferrari, que é oriximinaense, acusou o prefeito Willian Fonseca (REPUBLICANOS) de estar praticando uma “roubalheira” no município e desafiou Paiva, que é do mesmo partido do prefeito, para fiscalizar as ruas da periferia da cidade.

“Você está convidado a andar comigo pela periferia de Oriximiná pra ver como está de buraco, imundície e lixo. E a roubalheira que aquele prefeito está fazendo no município de Oriximiná. Nós, através de emendas parlamentares vamos cobrir esse recurso pra não cair na mão do prefeito ladrão, salafrário que existe naquele município. Porque o que cai naquela prefeitura, quase 1 milhão por dia, aquele prefeito só faz roubar”, enfatizou. Veja:

Polêmico, o bolsonarista Willian Fonseca tem 37 anos, é delegado e foi eleito prefeito de Oriximiná nas eleições municipais de 2020. Já em 2021, Fonseca foi cassado acusado de suposta infração político-administrativo, a exemplo de contratação de pessoal para cargos não criados por lei, além da beneficiação de aliados políticos. Depois de cassado, ele chegou a retornar para a prefeitura por outras três vezes, todas as decisões de reintegração ao cargo foram derrubadas posteriormente.

Em 2022, Fonseca foi preso por destruição de provas, posse ilegal de arma de fogo, disparo ilegal de arma de fogo, ameaça de morte, desobediência e resistência, durante a operação “Contenção” deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI). O prefeito se recusou a entregar seu telefone celular aos agentes do Gaeco e deu três tiros no aparelho.

Já em junho deste ano, a Polícia Civil abriu um novo PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra Fonseca. A abertura do processo foi oficializada através do diário oficial do Estado e o documento foi assinado pelo delegado-geral Walter Resende.

Em outubro, Fonseca foi condenado pela Justiça após ter agredido um repórter em local público. O profissional Waldiney Ferreira, da Rádio Sucesso FM foi atingido com um chute e soco enquanto filmava o prefeito deixando o prédio da Câmara Municipal.

A equipe de reportagem do Portal Estado do Pará entrou em contato com o prefeito Willian Fonseca e não obteve resposta. Já a assessoria de comunicação do deputado Ângelo Ferrari avaliou que o debate foi natural entre os parlamentares, dentro do ambiente legislativo.

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