A deputada estadual Lívia Duarte (Psol) fez uma denúncia contundente nas redes sociais, acusando a conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Ann Pontes, de possível manobra política ao emitir uma medida cautelar que suspendeu a compra de ônibus elétricos pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Belém (Semob). A decisão, tomada após a conselheira identificar diversas irregularidades no processo de aquisição, está gerando uma série de reações.
A deputada estadual Lívia Duarte (Psol) fez uma denúncia contundente nas redes sociais, acusando a conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Ann Pontes, de possível manobra política ao emitir uma medida cautelar que suspendeu a compra de ônibus elétricos… pic.twitter.com/fzMdW8hwjH
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) August 1, 2024
De acordo com o voto da conselheira Ann Pontes, que está responsável pela análise das contas da Semob referentes a 2024, as investigações realizadas pela 1ª Controladoria do Tribunal apontaram falhas significativas no processo de compra. Pontes alegou que essas irregularidades comprometeriam a legalidade e a transparência do processo.
Em resposta, Lívia Duarte criticou duramente a decisão e questionou a imparcialidade de Ann Pontes. A deputada sustentou que a medida cautelar é uma tentativa de impedir que a população de Belém tenha acesso a um transporte público mais moderno e sustentável, conforme planejado pela administração do prefeito Edmilson Rodrigues (Psol).
A situação ganhou contornos ainda mais políticos quando o Ministério Público decidiu instaurar uma Notícia de Fato para investigar a conduta da conselheira, em resposta a uma denúncia apresentada pela bancada de parlamentares do Psol. Segundo Lívia Duarte, há indícios de que a suspensão da compra visa beneficiar Igor Normando (MDB), pré-candidato à Prefeitura de Belém e aliado do governador Helder Barbalho (MDB).
Lívia Duarte defendeu que a população tem o direito de usufruir dos ônibus adquiridos, e chamou a atenção para a possibilidade de que a decisão de Ann Pontes possa estar relacionada a interesses políticos que vão além da análise técnica das contas. A deputada reforçou que a transparência e a eficiência na gestão pública são essenciais para garantir o bem-estar da população e a qualidade dos serviços públicos.
A denúncia gerou um debate acirrado sobre a atuação do TCM e a política local, colocando em evidência a complexa relação entre gestão pública, controle institucional e interesses políticos. A população de Belém e os envolvidos aguardam desdobramentos da investigação para entender melhor os impactos da decisão da conselheira Ann Pontes e a possível influência política por trás dela.
Ann Pontes é esposa de Parsifal Pontes, ex-chefe da Casa Civil, na época o braço direito do governador Helder Barbalho (MDB) e que foi preso pela Polícia Federal em 2020, acusado de fazer parte de uma organização criminosa formada dentro do governo do Pará.
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