Dois fãs da cantora Joelma ingressaram com uma ação judicial no Tribunal de Justiça do Estado do Pará após o cancelamento do cruzeiro “Isso é Calypso em Alto Mar”, previsto para ocorrer entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro de 2024. O casal cobra R$ 58.990,14 de indenização, valor que inclui restituição em dobro dos gastos com ingressos, deslocamento e hospedagem, além de danos morais no valor de R$ 18 mil para cada autor.
De acordo com o processo, os autores — residentes no interior de São Paulo — alegam que investiram R$ 21.295,20 com a expectativa de participar do evento, amplamente divulgado pela artista por meio de redes sociais, entrevistas e apresentações ao vivo. A defesa afirma que membros da equipe da cantora também reforçavam as informações sobre o cruzeiro nos intervalos dos shows, o que teria influenciado diretamente na aquisição dos pacotes.
O cruzeiro foi cancelado oficialmente em 17 de outubro de 2024, sem que tenha havido remarcação ou compensação, conforme a petição. Além de Joelma, são citadas na ação a JMusic Editora e Produções Artísticas e a Murai Viagens e Turismo Ltda, empresas que participavam da organização do projeto.
Em nota enviada ao portal LeoDias, o advogado da cantora, Leonardo Dias, declarou que Joelma não teve envolvimento direto com a organização ou comercialização do cruzeiro e que ela própria sofreu prejuízos após o desaparecimento do responsável financeiro pelo evento.
“A cantora Joelma também foi vítima do episódio envolvendo o evento ‘Isso é Calypso em Alto Mar’. A artista nunca teve envolvimento na organização ou comercialização do cruzeiro, e está arcando com prejuízos significativos após o desaparecimento do verdadeiro responsável financeiro pelo projeto”, afirmou o advogado.
A defesa informou ainda que a equipe jurídica da artista já obteve decisões favoráveis contra o organizador e que fãs que procuraram o escritório com documentos comprobatórios estão sendo ressarcidos diretamente por Joelma, como forma de preservar sua relação com o público.
A ação segue em tramitação na Justiça paraense, sem previsão de julgamento. Joelma sustenta que sua participação no projeto era restrita à apresentação musical, e que toda a responsabilidade legal e financeira do evento seria dos organizadores.
Leia também:
