Defensoria pública confirma mais de 130 mortes em megaoperação no RJ - Estado do Pará Online

Defensoria pública confirma mais de 130 mortes em megaoperação no RJ

Ação que começou com saldo de 64 mortos se tornou a mais letal da história do estado; entre os alvos, há suspeitos ligados a facção criminosa do Pará

Tomaz Silva/Agência Brasil

O número de mortos na megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro nos complexos da Penha e do Alemão subiu para 130, segundo a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.

O balanço, contabiliza 130 civis e quatro policiais entre as vítimas da ação, que começou na terça-feira (28).
Durante a madrugada, moradores da Penha retiraram dezenas de corpos de uma área de mata e os levaram até a Praça São Lucas, onde foram estendidos sob a via.
O governo estadual ainda não confirmou esses números, o último dado oficial, divulgado na terça, apontava 64 mortos.

🔗 Acompanhe aqui a atualização em tempo real:

Número de mortos134
Número de criminosos presos81

*atualizada em 29/10 às 12h41

O que sabemos sobre a operação:

A Operação Contenção, como foi nomeada, mobilizou 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar e tinha como principal objetivo enfraquecer a atuação do Comando Vermelho (CV) nas comunidades da zona norte do Rio.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a ação foi resultado de mais de um ano de investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
Entre os 100 mandados de prisão emitidos, 30 eram contra suspeitos oriundos de outros estados, com destaque para integrantes da facção criminosa do Pará, que estariam escondidos nas comunidades.

A operação também resultou na prisão 81 criminosos, incluindo a de Thiago do Nascimento Mendes, o Belão, apontado como operador financeiro do CV e braço direito de Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, um dos chefes da facção.

As forças de segurança apreenderam 93 fuzis, além de drones, explosivos e veículos blindados.
O confronto provocou um dia de caos na capital fluminense, com escolas e unidades de saúde fechadas, transporte público interrompido e intensos tiroteios nas comunidades.
A Operação Contenção é considerada, até o momento, a mais letal da história do Rio de Janeiro.

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