A reestruturação das Unidades Básicas de Saúde em Belém, somada ao avanço tecnológico e às campanhas de imunização, transformou a rotina da rede pública. A cidade chega à véspera da COP-30 com um sistema mais moderno, acessível e pronto para receber milhares de visitantes.
Mais de R$ 9,9 milhões foram investidos na requalificação de UBSs em bairros estratégicos como Icoaraci, Jurunas, Outeiro e Bengui. Algumas dessas unidades foram convertidas em Postões da Saúde, modelo que reúne atendimento primário, especializado e de urgência em um só espaço, funcionando até as 22h. O primeiro a ser inaugurado será o Postão de Icoaraci, que promete elevar o padrão de atendimento na região.
Ao mesmo tempo, a capital paraense viu um feito inédito em quase uma década: a cobertura vacinal ultrapassou 90% em diversos imunizantes essenciais. O avanço foi resultado de campanhas descentralizadas, que levaram vacinas até locais de trabalho e escolas. Profissionais de transporte, turismo e educação foram vacinados em ações itinerantes e drive-thrus montados pela Sesma, garantindo proteção a grupos que raramente conseguiam ir até uma UBS.
“Desde o início da gestão, temos trabalhado para entregar uma rede de saúde fortalecida, moderna e preparada para acolher as pessoas com qualidade e segurança. A COP-30 é um grande desafio, mas também uma oportunidade de deixar legados permanentes para Belém”, destacou o secretário municipal de Saúde, Rômulo Nina.
Outro destaque foi a modernização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Com investimento de R$ 845 mil e apoio do Ministério da Saúde, a frota agora conta com 29 ambulâncias, seis motolâncias e três ambulanchas, sendo uma delas doada pelos Médicos Sem Fronteiras. A ampliação reforça o atendimento em ilhas e áreas ribeirinhas, um dos maiores desafios da capital.
No campo da vigilância, a parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) colocou Belém na vanguarda do combate à dengue. O projeto das Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) – armadilhas que usam o próprio mosquito Aedes aegypti para espalhar o larvicida – já instalou mais de quatro mil unidades, com meta de chegar a oito mil. O resultado foi uma queda de 61,8% nos casos de dengue entre janeiro e setembro de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Outro programa que virou referência é o “Açaí no Ponto”, que mapeou mais de dois mil pontos de venda do alimento símbolo da Amazônia. O aplicativo, desenvolvido com a Universidade Federal do Pará, cadastrou e capacitou quatro mil trabalhadores, garantindo padrões sanitários e segurança alimentar durante a alta temporada da COP-30.
Da ampliação da frota de emergência ao uso de tecnologia contra endemias, Belém mostra que o fortalecimento da saúde pública vai muito além de um evento internacional. O legado é de uma cidade mais protegida, equipada e preparada para cuidar de quem vive – e de quem chegar – na capital da COP-30.











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