Datafolha: 35% se dizem de direita, 22% de esquerda e 43% estão no centro ou não sabem - Estado do Pará Online

Datafolha: 35% se dizem de direita, 22% de esquerda e 43% estão no centro ou não sabem

Levantamento divulgado na noite de quarta-feira (24) detalha como os brasileiros se enxergam no espectro ideológico e aponta diferenças por idade, escolaridade e religião.

Ilustração/Epol

Na noite de quarta-feira (24), pesquisa do Datafolha mostrou que 35% dos brasileiros se classificam como de direita e 22% como de esquerda. Outros 17% se dizem de centro, 11% de centro-direita e 7% de centro-esquerda, enquanto 8% afirmaram não saber responder.

O levantamento ouviu 2.002 pessoas, com 16 anos ou mais, em 113 municípios, entre os dias 2 e 4 de dezembro, com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Para chegar ao resultado, o instituto pediu que os entrevistados se posicionassem em uma escala de 1 a 7, em que 1 representa a posição mais à esquerda e 7, a mais à direita.

O que os recortes mostram

Os dados variam conforme o perfil dos entrevistados. Entre jovens de 16 a 24 anos, o centro (30%) aparece à frente da direita (26%) e da esquerda (16%). Já entre pessoas com 60 anos ou mais, a direita cresce para 42%, a esquerda marca 25% e o centro cai para 9%.

Na escolaridade, a direita tem maior peso entre os entrevistados com menor nível de instrução (41%), enquanto o centro aumenta entre quem concluiu o ensino médio (21%) e se mantém em patamar semelhante entre pessoas com ensino superior (20%). Por religião, católicos registram 36% de identificação com a direita e 24% com a esquerda; entre evangélicos, a direita sobe para 42% e a esquerda recua para 16%.

Pistas sobre polarização e comportamento eleitoral

A pesquisa também aponta sinais de identidades políticas consolidadas. Em outro recorte do mesmo levantamento, 40% dos entrevistados se disseram petistas e 34% bolsonaristas, além de uma faixa intermediária. No cruzamento com o voto de 2022, o Datafolha registrou que 9% dos que se declaram à esquerda afirmaram ter votado em Jair Bolsonaro, enquanto 22% dos que se dizem à direita declararam voto em Luiz Inácio Lula da Silva, indicando que identidade ideológica e escolha eleitoral não coincidem integralmente em parte do eleitorado.

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