Cresce resistência à Lei da Palmada, apesar de proibição há mais de 10 anos - Estado do Pará Online

Cresce resistência à Lei da Palmada, apesar de proibição há mais de 10 anos

Pesquisa revela que quase um terço dos cuidadores ainda usa violência física na disciplina de crianças

Apesar da proibição legal em vigor desde 2014, 29% dos cuidadores de crianças de até seis anos admitem usar palmadas, beliscões ou apertos como forma de correção. O dado é do levantamento Panorama da Primeira Infância, divulgado nesta segunda-feira (4) pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com o Datafolha.

Entre os entrevistados, 17% consideram essas práticas eficazes, embora 12% confessem que agridem mesmo sabendo que não funcionam. A pesquisa ouviu 2.206 pessoas no país, das quais 822 são responsáveis diretos por crianças pequenas. O estudo também mostra que 84% não sabem que a primeira infância é a fase mais importante do desenvolvimento humano.

Dados adicionais revelam contradições: 96% afirmam preferir conversar e explicar o erro, enquanto 14% admitem gritar ou brigar com os filhos. Ao mesmo tempo, 40% dos que usam punições físicas acreditam que isso aumenta o respeito pela autoridade, embora 33% reconheçam que pode gerar comportamento agressivo.

Em relação ao tempo de exposição a telas, o levantamento aponta que crianças pequenas assistem, em média, duas horas por dia. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda no máximo uma hora para a faixa etária de 2 a 5 anos e nenhuma exposição para menores de dois.

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