CPI para investigar casos de exploração infantil no Marajó não tem assinaturas suficientes

Faltando 5 assinaturas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) não deve ser instalada na Alepa.

Alepa
Foto divulgação

No último dia 27, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) abriu um requerimento para criar a abertura da CPI do Marajó. Essa comissão parlamentar teria como principal finalidade investigar as denúncias de violência, exploração e abuso contra às crianças da ilha.

Para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), um terço dos membros da Câmara dos Deputados precisam assinar um requerimento solicitando a abertura da CPI. No caso do Pará precisam de 14 assinaturas.

O requerimento para abertura da CPI do Marajó só teve 10 assinaturas dos 41 deputados que compõem a casa. Ou seja, a CPI não deve ser instalada na Alepa.

No entanto, o deputado estadual Josué Paiva (PL) foi um dos que assinaram o pedido de CPI, mas retirou a assinatura alguns dias depois.

Em repúdio a situação, Dom José Luis Azcona Hermoso (religioso missionário, conhecido internacionalmente por sua luta contra o tráfico humano e exploração sexual na ilha marajoara) emitiu um documento manifestando com fortes críticas ao governador e aos deputados que não assinaram a CPI do Marajó, nesta terça-feira (12).

“Seu silêncio covarde gritou berrando contra a inocência! Junto com todos os adoradores do bezerro eles o adoraram, não consideraram digna de atenção a multidão de meninas estupradas, ameaçadas a cada segundo, abandonadas em todo momento à sua própria sorte! Céus, espantai-vos!“ escreveu no documento. Leia aqui.

Veja os parlamentares que votaram a favor:
Aveilton Souza (PSD)
Bob Fllay (PRD)
Coronel Neil (PL)
Erick Monteiro (Federação PSDB/Cidadania23)
Fábio Figueiras (PSB)
Josué Paiva (Republicanos)
Rogério Barra (PL)
Thiago Araújo (Federação Cidadania23/PSDB)
Toni Cunha (PL)
Wescley Tomaz (Avante)

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