Cosanpa: obra orçada em R$250 milhões leva transtornos aos moradores de Belém

A obra, orçada em R$ 250 milhões, iria beneficiar mais de 800 mil habitantes da capital.

Foto: Agência Pará

No segundo semestre de 2019, o Governo do Pará junto à Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) e ao Consórcio Copasa, prometeram uma obra com cerca de 180 Km de novas redes sendo implantados por meio do Método Não-destrutivo (MND) em mais de 20 bairros de Belém. No fim de 2020, a Cosanpa implantou 110 Km, o que representou 61% do total das redes previstas e também instalou mais de 700 novos ramais e hidrômetros na capital paraense.

As obras trocaram a rede de cimento amianto por Polietileno de Alta Densidade (PEAD), material mais resistente e eficiente. O objetivo foi melhorar o funcionamento do sistema de abastecimento e também a qualidade da distribuição da água à população. 

As etapas da obra começaram desde a escavação para implantação da rede, execução das soldas para conectar os trechos implantados e as interligações das redes. Após esse processo foi feita a recomposição definitiva dos pontos. 

Em dezembro de 2020 até agosto de 2021, a obra entrou nos seguintes bairros da Grande Belém: Pedreira, Telégrafo, Sacramenta e parte do Marco e Barreiro.

A obra de substituição de redes teve início no segundo semestre de 2019, foi um gasto de R$ 250 milhões para um possível beneficio de mais de 800 mil habitantes da capital. A previsão de conclusão total da obra foi para o final 2021.

Em outubro de 2021 a obra já teve mudanças na conclusão, com possíveis 90% de redes implantadas, foi dada uma previsão de entrega para o segundo semestre de 2022.

Com o andamento da obra, o trânsito de Belém se transformou em um caos e buracos tomaram contas de algumas principais vias da cidade, causando acidentes e as vezes até motivo de piadas em algumas redes sociais. Veja:

Porém, uma reclamação constante da população belenense é a falta de água constante em alguns pontos que a obra prometeu a melhora. Um exemplo é o bairro da Sacramenta onde os moradores afirmam que quase todos os dias – mais de anos – às 22h, ocorre a suspenção do abastecimento, retornando somente às 07h da manhã, e ainda com baixa pressão.

Moradores relatam ainda que as vezes a água é tão fraca que nem chega nas torneiras. E mais, depois que fizeram a nova rede, o serviço prestado ao consumidor piorou, mas continua com um preço elevado para os moradores da capital.

O Portal Estado do Pará On-line solicitou um posicionamento da Cosanpa e aguarda retorno.

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Com supervisão de Alexandre Alencar