Cortejo Visagento celebra o folclore e a conscientização ambiental em Belém

O cortejo busca sensibilizar a população sobre a preservação ambiental através da arte e da cultura popular, e é uma programação alusiva ao Dia das Bruxas.

Nesta quinta-feira (31), acontece a 6ª edição do Cortejo Visagento, uma festividade que celebra o folclore brasileiro e promove a conscientização ambiental. O evento, que coincide com o Dia das Bruxas, começou hoje às 18h em frente ao Cemitério Santa Izabel, e percorreu as ruas do bairro do Guamá.

Com o tema “O canto que ecoa nas florestas queimadas”, o cortejo homenageia o Uirapuru, uma figura emblemática do folclore brasileiro, e busca discutir as consequências das queimadas na Amazônia e as mudanças climáticas. De acordo com a organização, o objetivo é refletir sobre os altos índices de queimadas na região e seus impactos devastadores.

Vídeo: Divulgação

“Esse tema é essencial para chamar a atenção sobre a nossa realidade. A falta de árvores e as consequências ambientais são urgentes. Além disso, o Guamá, com sua rica história de 300 anos, carece de estruturas adequadas para o acesso à cultura, o que deve ser evidenciado,” declarou um dos organizadores.

O cortejo atraiu cerca de três mil participantes, e proporcionou uma experiência cultural rica e acessível a toda a família. A rota incluiu passagens icônicas do bairro, como a Rua Paes de Souza e a passagem Caraparu, onde foram homenageados bois-bumbás locais, e finalizou na Praça Benedito Monteiro, em frente ao ateliê do artista Jocatos.

Idealizado pelo projeto Nossa Biblioteca, o Cortejo Visagento conta com a colaboração de professores, artistas e moradores, destacando a importância da valorização da cultura local. Voluntários do projeto também têm ministrado aulas no Cemitério Santa Izabel, proporcionando um espaço de aprendizado e reflexão para as crianças que frequentam o local.

O Cortejo Visagento não apenas resgata as lendas e histórias de Belém, mas também se coloca como um importante agente de conscientização sobre a relação entre a urbanidade e a floresta, ressaltando a necessidade de preservar o nosso patrimônio ambiental.

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