O corpo de Marcello Vitor Carvalho de Araújo, de 24 anos, é velado nesta quinta-feira (9), no bairro do Guamá, em Belém. Ele foi morto a tiros durante uma operação da Polícia Federal (PF), na quarta-feira (8), no bairro do Jurunas, durante o cumprimento de mandados da Operação Eclesiastes. O jovem estava no apartamento onde morava com a mãe, a escrivã da Polícia Civil Ana Suellen Carvalho, quando foi baleado.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar as circunstâncias da morte e a conduta dos policiais federais envolvidos na ação. O velório ocorre a partir das 13h desta quinta-feira, na Capela Max Domini, localizada na avenida José Bonifácio. A data e o local do sepultamento ainda não foram divulgados.
Segundo a PF, Marcello teria reagido à abordagem e tentado desarmar um agente. No entanto, familiares afirmam que o jovem foi morto por engano e que o verdadeiro alvo da operação era Marcelo Pantoja Rabelo, conhecido como “Marcelo da Sucata”, que foi preso no mesmo imóvel.
De acordo com a corporação, a Operação Eclesiastes tem como objetivo desarticular uma organização criminosa envolvida em tráfico internacional de drogas e lavagem de capitais. Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) apontaram movimentações superiores a R$ 1 bilhão em um esquema de ocultação de valores.
As investigações indicam que o grupo utilizava embarcações pesqueiras para transportar drogas e mantinha colaboradores em vários estados do país. Um empresário paraense já falecido seria o principal responsável pela logística e pela movimentação financeira ilícita, realizada por meio de empresas de fachada e “laranjas”.
A operação cumpriu 19 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão, além do sequestro judicial de bens e valores que podem somar até R$ 1,5 bilhão, conforme decisão da 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Pará. As ações ocorreram em Belém, Ananindeua e em outros municípios da Região Metropolitana, com apoio de um grande efetivo policial.
Leia também:
Deixe um comentário