A menos de um ano da COP30, Belém ganhou nesta segunda-feira (15) um espaço que une inovação, sustentabilidade e protagonismo indígena. A EY House, inaugurada pelo governador Helder Barbalho na Praça Waldemar Henrique, servirá de palco para debates estratégicos durante a conferência e, em seguida, se tornará a sede definitiva da Secretaria dos Povos Indígenas do Pará (Sepi).
A mudança representa um marco inédito no país: um equipamento público pensado especialmente para assegurar presença permanente dos povos originários no centro político e social da Amazônia.
Helder Barbalho destacou a relevância da iniciativa para o futuro do estado.
“Estamos transformando uma ideia em realidade com a inauguração deste espaço, fruto de uma Parceria Público-Privada que garante benefícios concretos aos povos da Amazônia. A agenda da sustentabilidade que defendemos conecta ancestralidade, inovação e tecnologia, mostrando que a floresta viva gera mais valor que a floresta destruída. É esse compromisso que vai garantir políticas públicas, mobilizar novos parceiros e estruturar o futuro do Pará no pós-COP”, afirmou.
Com mais de três mil metros quadrados, a estrutura foi erguida com soluções sustentáveis, como painéis solares, reaproveitamento de água da chuva e materiais renováveis. O espaço modulável também foi projetado para receber encontros voltados à bioeconomia, transição energética e cadeias de suprimentos sustentáveis.
A secretária Puyr Tembé ressaltou a importância simbólica e prática da nova sede da Sepi.
“Este será o primeiro espaço institucional de povos indígenas no coração de Belém, nascido da mobilização em torno da COP30. Para nós, significa dignidade, reconhecimento e protagonismo. A Sepi fará deste lugar um centro permanente de diálogo, articulação e desenvolvimento de políticas públicas, garantindo que as vozes indígenas tenham força antes, durante e depois da conferência”, declarou.
O projeto também contou com a participação da EY. Para Luiz Sérgio Vieira, CEO da empresa no Brasil, a parceria vai além do evento climático.
“O legado desse projeto é duplo: primeiro, pela criação de soluções que gerem resultados concretos para a economia e a sociedade; segundo, por deixar esse espaço físico, no futuro, à disposição da Secretaria de Povos Indígenas do Estado do Pará. Isso só é possível graças à cooperação com o governo estadual, que transforma este ambiente em uma plataforma viva de interlocução, colaboração e impacto positivo para a Amazônia e para o Brasil.”
Na mesma linha, Ricardo Assumpção, sócio líder de Sustentabilidade da EY na América Latina, reforçou que o espaço projeta um impacto de longo prazo.
“Mais do que apoiar empresas na agenda climática, nosso compromisso é colocar as pessoas no centro dessa transformação, garantindo impacto real na vida das comunidades e na preservação da bioeconomia. Precisamos ir além de boas ações focadas no clima e garantir um legado de longo prazo, unindo negócios, governo e povos originários em uma agenda colaborativa para a sustentabilidade”, afirmou.
Com a nova estrutura, o Pará busca reforçar seu protagonismo não apenas como sede da COP30, mas também como referência na integração de políticas ambientais e sociais que valorizam a floresta e seus povos.
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