A poucos dias do início da COP30, a Conferência do Clima das Nações Unidas, a organização do evento anunciou uma redução drástica no valor de locação dos estandes da Zona Verde, espaço destinado a expositores, startups, ONGs e instituições privadas. O preço, que era de US$ 1,2 mil por metro quadrado, passou a US$ 300, uma queda de 75%.
A decisão foi comunicada por e-mail às organizações interessadas e ocorre em meio à baixa adesão de expositores: até o fim do prazo inicial, no final de setembro, apenas 14% dos espaços haviam sido reservados. A medida vem acompanhada da prorrogação do prazo de inscrição, que antes se encerraria em 26 de setembro de 2025 e agora segue aberto até poucos dias antes da conferência, marcada para novembro em Belém.
O objetivo é evitar a imagem de uma Zona Verde esvaziada em um dos maiores eventos da história da Amazônia, que deve reunir líderes globais, ambientalistas e representantes do setor privado.
A redução, no entanto, gerou insatisfação entre expositores que já haviam garantido presença pagando o valor original. Até o momento, a organização não informou se haverá compensação ou reembolso para as entidades que fecharam contrato antes do desconto, o que tem gerado críticas sobre tratamento desigual e falta de transparência.
O embaixador André Corrêa do Lago, responsável por parte da coordenação diplomática do evento, ainda não se manifestou publicamente sobre a mudança.
A Zona Verde é um dos pilares da estrutura da COP30, ao lado da Zona Azul — esta, voltada às negociações oficiais entre países. O espaço abriga iniciativas de sustentabilidade, tecnologia e inovação climática, e é considerado estratégico para aproximar o setor privado e a sociedade civil das discussões globais sobre o clima.
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