A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá em novembro de 2025 em Belém, exigirá uma grande operação logística no setor aéreo. Com a expectativa de receber representantes de mais de 190 países, 12 aeroportos no Norte e Nordeste do Brasil serão utilizados para garantir o fluxo de aeronaves, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (Abesata).
O Aeroporto Internacional de Belém, o mais movimentado da região Norte, não tem capacidade para acomodar todas as aeronaves esperadas.
Por isso, após o desembarque na capital paraense, muitos aviões serão direcionados para outros terminais: Santarém (PA), Altamira (PA), Macapá (AP), Imperatriz (MA), Marabá (PA), São Luís (MA), Salvador (BA), Recife (PE), Natal (RN), Fortaleza (CE) e Manaus (AM). A Abesata estima que mais de 100 aeronaves precisarão ser realocadas durante o evento.
Investimentos e expansão
Para atender à demanda, empresas de apoio aéreo investirão pelo menos R$ 60 milhões na infraestrutura de solo, incluindo a contratação de 180 profissionais adicionais para atuar no manuseio de bagagens, abastecimento e limpeza de aeronaves, além da coordenação de serviços de rampa e segurança.
Além disso, a concessionária Norte da Amazônia Airports (NOA), responsável pelo Aeroporto de Belém, anunciou um investimento de R$ 450 milhões na modernização do terminal. As obras incluem a ampliação das áreas de embarque e a construção de um novo pátio para aumentar a capacidade de estacionamento de aeronaves.
A operação aérea para a COP 30 também envolve a Secretaria de Aviação Civil, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a recém-criada Secretaria Especial COP 30 (Secop), que coordena o planejamento geral do evento.
Com a movimentação intensa esperada para novembro de 2025, a organização da COP 30 se antecipa para garantir que Belém esteja preparada para receber um dos maiores eventos climáticos do mundo.
Fonte: Estadão
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