Congresso aprova regulamentação da musicoterapia e profissionais paraenses comemoram

A PL 6.379/2019 estabelece que a atividade, que utiliza músicas em intervenções terapêuticas médicas, educacionais e profissionais, só poderá ser exercida por profissionais habilitados.

bebe fazendo terapia
Reprodução / Internet

O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (19), o projeto de lei que regulamenta o exercício da musicoterapia no Brasil. Para o profissional da área ser reconhecido, é preciso ter graduação, pós-graduação ou cinco anos de experiência comprovados.

O texto, que teve origem na Câmara dos Deputados, segue para a sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A PL 6.379/2019 estabelece que a atividade, que utiliza músicas em intervenções terapêuticas médicas, educacionais e profissionais, só poderá ser exercida por profissionais habilitados a, “nos processos de avaliação e de tratamento”, adotar os métodos que se baseiam em “sistematização criteriosa do uso da música e de seus elementos, no manejo da relação terapêutica e no corpo teórico-prático no âmbito do referido campo de conhecimento, com atualizações a partir da pesquisa científica”.

Uma vitória celebrada por profissionais como Paula Siqueira. Formada em Licenciatura em Música, Bacharelado em Psicologia e pós-graduada em Musicoterapia, Paula descobriu a profissão em uma palestra na Universidade do Estado do Pará, em 2016, durante seus estudos em música.

Arquivo pessoal Paula

“Os efeitos da música no ser humano são inúmeros, somos seres sensoriais e o nosso corpo ao vivenciar a música automaticamente produz uma resposta. Diversos estudos científicos comprovam que a música, utilizada de acordo com a especificidade individual, beneficia diversos grupos de pessoas, atendendo a amplas demandas. A musicoterapia então vem para somar na área da saúde” destacou Paula.

O PL ainda destaca que a musicoterapia já foi reconhecida na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e os profissionais atuam nos Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e Sistema Único de Saúde (SUS), tendo sido inseridos na equipe multiprofissional da assistência social por resolução do Conselho Nacional de Assistência Social de 2011.

Com a regulamentação, os profissionais como Paula esperam uma maior valorização da musicoterapia e a ampliação de seu alcance para beneficiar ainda mais pessoas e famílias em todo o país.

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