Moradores de comunidades rurais de Santa Cruz do Arari, no arquipélago do Marajó, denunciaram que territórios ocupados por populações tradicionais estão sendo invadidos e devastados por grileiros oriundos dos estados do Amapá e Goiás. Segundo os denunciantes, os invasores promovem ameaças e estão envolvidos em queimadas e desmatamento na região.
A comunidade encaminhou a denúncia à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF), uma vez que as terras em questão pertencem à União. Em resposta, a PF informou que investiga possíveis crimes de desmatamento, incêndios criminosos e desobediência na área.
O MPF, por sua vez, declarou que as denúncias foram encaminhadas à Justiça Federal em dezembro do ano passado. As novas informações deverão ser somadas a outras provas já reunidas em dois processos judiciais movidos pela comunidade.
De acordo com a Procuradoria, os processos judiciais em andamento pedem a manutenção da posse das terras para os moradores, além do bloqueio e anulação de títulos de propriedade supostamente irregulares em nome dos grileiros. As ações também incluem a solicitação de reintegração de posse em favor da União e dos ribeirinhos. Até o momento, não há previsão para a sentença judicial.
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