Círio de Nazaré: acadêmico de medicina é acusado de agredir duas mulheres na Trasladação

Segundo informações, o acadêmico de medicina teria agredido duas mulheres com socos e empurrões.

Reprodução/Instagram. O caso teria ocorrido durante a Transladação, no sábado (12).

Nem tudo foi tranquilo nas comemorações do Círio de Nazaré. Na noite do último sábado (12), duas voluntárias da ONG Amigos Voluntários teriam sido agredidas durante a Trasladação.

De acordo com informações obtidas pela reportagem, o incidente ocorreu na esquina da Praça da República, no Largo da Campina. Ainda segundo relatos, a agressão teria sido cometida por um estudante de medicina, que teria atacado as voluntárias com socos e empurrões durante a procissão. O estudante seria voluntário de outra instituição e também estava atuando no dia da trasladação.

Relato da agressão

Uma das vítimas, que preferiu não ser identificada, relatou que a agressão foi cometida pelo acadêmico de medicina Carlos Victor Carvalho Gomes, por volta das 19h30, próximo ao Hotel Princesa Louça, na Avenida Presidente Vargas.

As mulheres foram agredidas enquanto prestavam socorro a uma senhora idosa que passou mal durante a procissão.

Segundo relatos, ao tentar remover a padiola, Victor deu um soco no ombro e outro no braço de uma das vítimas, além de empurrá-la, fazendo com que caísse sobre a estrutura de ferro de uma barraca de pipoca próxima ao local.

Após agredir a primeira vítima, o acadêmico atacou outra, também tentando retirar a padiola. Ele puxou repetidamente o braço da mulher com força. Quando ela afirmou que não iria soltar, Victor deu três socos em seu braço e a empurrou para dentro de uma vala.

Uma das vítimas relatou o ocorrido ao coordenador da instituição à qual Victor estava vinculado. O grupo do agressor questionou o relato das mulheres, fazendo várias perguntas e acusando-as de mentir.

O grupo a qual Victor pertence se recusou a entregar o agressor à polícia, posteriormente, porém, ele foi levado à delegacia. A polícia solicitou exame de corpo de delito das vítimas.

Veja os vídeos:

Em nota, a ONG Amigos Voluntários do Pará repudiou o ato de violência contra as duas mulheres da instituição.

A Ong Amigos Voluntários do Pará manifesta repúdio ao ato de violência sofrido por duas Voluntárias da Instituição de Voluntariado, no último Sábado (12). O caso aconteceu na esquina da praça da república ,no Largo da Campina , onde o acadêmico de medicina agrediu fisicamente as duas voluntárias com socos e empurrões durante o desempenho da função. Tal agressão é inadmissível, acima de tudo, em uma instituição voltada para área da saúde e voluntariado , a quem cabe o  mais importante dever , que é o de ajuda Humanitária. Vale ressaltar que, a agressão, seja física, moral ou verbal, é sempre um ato repudiável. Nosso corpo jurídico já está tomando todas as medidas cabíveis para que esse tipo de ato não se repita .

Por outro lado, a Cruz Vermelha, ONG da qual o suposto agressor faz parte, também emitiu uma nota, afirmando que a manifestação da ONG Amigos Voluntários do Pará é falsa, dizendo ainda que seu corpo jurídico tomará as medidas judiciais cabíveis.

A Cruz Vermelha Brasileira – Pará vem a público esclarecer e repudiar veementemente a propagação de notícias falsas contra nossos voluntários. A propagação de notícias falsas é um ato irresponsável que pode acarretar graves danos à imagem da Cruz Vermelha Brasileira e de seus membros. Salientamos que a divulgação de informações sem qualquer fundamento, que visem manchar a imagem da instituição ou de seus membros, está sendo tratada com o máximo rigor legal. A integridade da nossa instituição e a proteção de quem trabalha incansavelmente em prol da comunidade são inegociáveis. Esclarecemos, ainda, que o departamento jurídico da Cruz Vermelha Brasileira – Pará já está adotando todas as medidas cabíveis para a identificação e responsabilização dos envolvidos na propagação dessas mentiras. A Cruz Vermelha Brasileira – Pará segue fiel aos seus princípios de neutralidade, humanidade e imparcialidade e não permitirá que ataques injustificados desvirtuem a missão de auxílio e solidariedade que desenvolvemos com tanto empenho.

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