Chegada de patinetes elétricos a Belém gera entusiasmo e dúvidas entre internautas - Estado do Pará Online

Chegada de patinetes elétricos a Belém gera entusiasmo e dúvidas entre internautas

Primeira capital do Norte a oferecer o serviço, Belém enfrenta desafios de adaptação com cobertura limitada e falta de informação sobre regras de uso

A estreia do serviço de compartilhamento de patinetes elétricos em Belém, operado pela empresa JET, movimentou as redes sociais neste início de agosto. Anunciado pela Prefeitura como uma solução moderna para a mobilidade urbana, o sistema ainda causa confusão entre os usuários e enfrenta críticas sobre sua cobertura geográfica e valores praticados.

Como funciona o serviço

O projeto-piloto, com previsão inicial de 180 dias, conta com 600 patinetes distribuídos em pontos demarcados da cidade. O acesso é feito por meio do aplicativo JET, disponível para Android e iOS. Após o cadastro, o usuário pode localizar os equipamentos disponíveis no mapa e iniciar a corrida, que pode ser finalizada apenas dentro das áreas autorizadas.

A tarifa no aplicativo varia: há planos por minuto, hora, dia ou mês. No caso do uso avulso, o valor pode chegar a cerca de R$ 4,50 pelo desbloqueio, mais R$ 0,75 por minuto, conforme capturas de tela enviadas por usuários. Alguns usuários reclamaram que, em certos trechos, o custo pode ultrapassar o valor de uma corrida de carro por aplicativo.

Regras e restrições

Entre as normas do serviço estão a proibição do uso por menores de 18 anos, a recomendação do uso de capacete, a circulação em velocidade máxima de 20 km/h e a proibição de levar passageiros. Também não é necessário ter carteira de habilitação, mas o uso sob efeito de álcool é vetado.

O sistema prevê que o patinete seja deixado em uma “zona verde”, áreas autorizadas para término da corrida. Se deixado fora dessa área ou não finalizar adequadamente no aplicativo, o serviço continua cobrando.

Repercussão nas redes

A estreia gerou uma enxurrada de comentários. “Não tá valendo o preço do patinete elétrico em Belém. Algo que eu mesmo piloto e anda apenas a 20 km/h precisa ser mais barato que o Uber carro”, escreveu uma internauta. Outro usuário ironizou a cobertura limitada do serviço: “Baixei o app do patinete elétrico aqui da cidade e tô me sentindo no Esqueceram de mim”. Apesar das críticas, também houveram muitos elogios.

Cobertura limitada e ausência nas ilhas

Apesar de sugerir cobertura em toda Belém, por enquanto, o serviço opera apenas em áreas específicas da capital. Regiões como Mosqueiro e Outeiro, embora tenham estrutura urbana, ainda não foram contempladas. A prefeitura informou que a operação será ampliada gradualmente até atingir todos os 600 equipamentos previstos. Não há garantia de expansão para todas as ilhas devido a infraestrutura.

Desafios de adaptação

A empresa JET é responsável pela manutenção, recolhimento de equipamentos mal estacionados e suporte técnico, além de campanhas educativas. No entanto, o início da operação tem evidenciado a necessidade urgente de orientar melhor a população. A ausência de informações claras contribuiu para confusões como a dos jovens que foram expostos nas redes ao tentarem devolver o equipamento por conta própria.

Com seis meses para testar a viabilidade do serviço em Belém, a experiência nas próximas semanas será crucial para definir se a novidade conseguirá se consolidar como alternativa real de transporte urbano.

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